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Dólar fecha em leve alta, a R$ 5,66, com Haddad e queda das commodities

16 out 2024, 17:02 - atualizado em 16 out 2024, 17:05
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O dólar acompanhou o desempenho do exterior e seguiu o ritmo de ganhos da véspera; cautela fiscal e commodities pressionaram o real (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

Depois de avançar mais de 1% na véspera, o dólar à vista (USDBRL) seguiu o ritmo de ganhos ante o real. A cautela com o cenário fiscal doméstico e a queda nos preços das commodities pressionaram a moeda brasileira nesta quarta-feira (16).

Na comparação com o real, o dólar encerrou as negociações a R$ 5,6651 (+0,14%).



O desempenho acompanhou a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara a moeda norte-americana a uma cesta de seis divisas globais, fechou em alta de 0,30%.

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O que mexeu com o dólar hoje?

O dólar ganhou força contra a moeda brasileira com preocupações sobre as contas públicas e exterior.

No cenário doméstico, a cautela fiscal seguiu pressionando o real.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo prepara uma calibragem da dinâmica de crescimento de despesa. Ele ainda disse que parte das medidas deve depender de alteração constitucional.

“As pessoas ficam cobrando anúncio. Nós faremos isso quando o governo estiver todo alinhado em relação aos propósitos. O que está traçado daqui para o final do ano é que essa agenda seja prioritária”, disse Haddad.

“Eu nem estou falando em corte, eu quero muito mais uma calibragem da dinâmica da evolução dos gastos para caber dentro do arcabouço fiscal e nós seguirmos a vida com o juro mais baixo, crescimento, geração de emprego”, afirmou o ministro a jornalistas.

Ontem (15), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o governo fará uma revisão estrutural das despesas após o segundo turno das eleições municipais.

Além disso, o Brasil registrou fluxo cambial total positivo de US$ 2,550 bilhões em outubro até o dia 11, em movimento puxado pela via comercial. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Banco Central.

Já no acumulado do ano até 11 de outubro, o país registra fluxo cambial total positivo de US$ 9,313 bilhões, graças ao desempenho da área comercial — que soma superávit de US$ 61,871 bilhões. Na área financeira, o déficit acumulado no ano está em US$ 52,558 bilhões.

No exterior, o dólar ganhou força com a queda das commodities. O minério de ferro caiu mais de 1% na China, em meio à crescente incertezas sobre a demanda. O petróleo estendeu as perdas da véspera com as atenções concentradas nos conflitos no Oriente Médio.

Além disso, uma nova coletiva de imprensa do governo da China na próxima quinta-feira (17) segue no radar. A expectativa é de anúncio de novos estímulos para o setor imobiliário.

Também está prevista a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). O mercado espera mais um corte de 25 pontos-base nos juros, hoje a 3,50% ao ano.

*Com informações de Reuters