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Dólar à vista sobe a R$ 5,48 com expectativa de corte ‘menos agressivo’ nos juros dos Estados Unidos

15 ago 2024, 17:02 - atualizado em 15 ago 2024, 17:07
Dólar, Mercados, Economia, Federal Reserve, CPI, EUA
No exterior, o dólar perdeu força após a inflação dos Estados Unidos e registrou mínima a R$ 5,6170. (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

Uma montanha-russa. Depois de um dia volátil, o dólar à vista (USDBRL) fechou a R$ 5,4838, com alta de 0,27% nesta quinta-feira (15).



No exterior, o dólar também ganhou força. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, fechou com avanço de 0,45%.

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O que mexeu com o dólar hoje?

No exterior e no Brasil, o dólar operou instável ao longo do dia, mas estendeu os ganhos da sessão anterior.

Em primeiro lugar, os investidores seguiram concentrados no cenário fiscal. O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), adiou a votação do projeto de lei da desoneração da folha de pagamentos, que beneficia 17 setores da economia, para a próxima terça-feira (20).

Mas assim como na véspera, a moeda norte-americana repercutiu novos dados econômicos dos Estados Unidos, que renovaram as apostas de corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed) e reduziram as preocupações de uma eventual recessão da maior economia do mundo.

As vendas no varejo dos EUA subiram 1,0% em julho, depois de uma queda revisada para baixo de 0,2% em junho. Além disso, os pedidos de auxílio-desemprego caem 7 mil na semana, a 227 mil — ante expectativa de 233 mil.

Ontem (14), o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 0,2% em julho ante junho, como o previsto. Na comparação anual, a inflação subiu 2,9% e ficou levemente abaixo das expectativas de 3%. A taxa anual é a mais baixa desde março de 2021.

Com os dados, o mercado consolidou as apostas de corte nos juros pelo Fed na reunião de setembro.

Hoje, as apostas de corte de 25 pontos-base, o que levaria os juros dos Estados Unidos (Fed Funds) a faixa de 5% a 5,25% ao ano, voltou a ser majoritária. A probabilidade subiu de 64% (ontem) para 76,5% hoje, de acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group.

Já as apostas de redução de 0,50 ponto percentual, trazendo o Fed Funds a 4,75% a 5,00% ao ano, caíram de 36% (ontem) para 23,5% (hoje).

Vale lembrar que, quanto mais o Fed reduzir os juros, pior para o dólar.

Isso porque a moeda se torna comparativamente menos atrativo à medida que os rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries) caem, gerando apetite por risco em outros mercados com juros mais altos, como o Brasil.