Dólar

Dólar tem leve queda no último pregão com ‘ajuda’ do Banco Central e encerra o ano a R$ 6,18

30 dez 2024, 17:04 - atualizado em 30 dez 2024, 17:31
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O dólar à vista perdeu força com novo leilão do Banco Central na tentativa de conter a disparada da moeda no último pregão do ano (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O dólar à vista (USDBRL) terminou o último pregão do ano em leve queda, em dia de liquidez mais enxuta com a proximidade do feriado de Ano Novo e nova intervenção do Banco Central no câmbio.

Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 6,1802 (-0,21%).



O desempenho destoou a tendência vista no exterior graças ao leilão extraordinário do Banco Central brasileiro. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, subiu aproximadamente 0,12%, aos 108.120 pontos.

Em dezembro, o dólar subiu 2,98%. Já no ano, a divisa acumulou alta de 27,34%. 

O que mexeu com o dólar hoje?

No cenário doméstico, a moeda norte-americana repercutiu novos dados econômicos.

Entre eles, o setor público brasileiro registrou em novembro déficit primário de R$ 6,620 bilhões, enquanto a dívida pública recuou ligeiramente como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados do Banco Central divulgados nesta segunda-feira (30).

O déficit do mês foi inferior ao rombo de R$ 37,270 bilhões registrado em novembro do ano passado. O resultado também veio melhor que as expectativas do mercado. Os economistas consultados em pesquisa da Reuters esperavam um déficit primário de R$ 7 bilhões.

Em 12 meses, o país acumula um saldo negativo equivalente a 1,65% do PIB.

O mercado também elevou as projeções para inflação no final de 2025 pela 11ª semana consecutiva no Boletim Focus.

Segundo o levantamento realizado pelo BC com economistas, a previsão para o IPCA agora é de 4,96% no próximo ano, ante 4,84% na semana anterior. O número manteve-se acima do teto da meta, que é de 4,5%.

O Banco Central realizou um novo leilão. O BC vendeu US$  1,815 bilhão de dólares à vista, com uma taxa de corte de R$ 6,1740.

Desde o dia 12 de dezembro, a autoridade monetária injetou mais de US$ 32,5 bilhões no mercado, incluindo vendas à vista e leilões de linha (dólares com compromisso de recompra), para conter a disparada do dólar sobre o real.

No exterior, os investidores também reagiram a dados econômicos dos Estados Unidos.

O Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) de Chicago divulgou o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de dezembro.

O indicador, que mede a atividade econômica do país, caiu de 40,2 em novembro para 36,9 neste mês — ante a projeção de avanço a 43. Os resultados abaixo de 50 indicam a contração da economia no período.

Já os contratos de compra de casas usadas nos Estados Unidos subiram mais do que o esperado em novembro, registrando o quarto mês consecutivo de ganhos.

Segundo a  Associação Nacional de Corretores de Imóveis (NAR, na sigla em inglês), o Índice de Vendas Pendentes de Moradias aumentou 2,2% no mês passado para 79,0 — o maior valor desde fevereiro de 2023 —de 77,3 em outubro.

Os economistas consultados pela Reuters previam que os contratos, que se tornam vendas depois de um ou dois meses, teriam alta de 0,9%, depois de subirem 1,8% em outubro.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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