Dólar

Dólar tem nova queda e fecha a R$ 5,86 — no menor patamar em dois meses

28 jan 2025, 17:09 - atualizado em 29 jan 2025, 17:05
Tesouro nacional títulos públicos
O dólar à vista completou o sétimo dia de quedas ante o real com novas ameaças de Trump sobre tarifas de importação (Imagem: Getty Images)

O dólar à vista (USDBRL) estendeu as perdas ante a moeda brasileira pela sétima sessão consecutiva e na contramão do exterior, em meio a novas ameaças de tarifas de importação pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,8696 (-0,74%) — no menor nível desde 26 de novembro.



O desempenho destoou da tendência vista no exterior. Às 17h (horário de Brasília), o indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, registrava avanço de 0,57%, aos 107,908 pontos.

O que mexeu com o dólar hoje?

No cenário doméstico, os investidores seguiram na expectativa pela primeira decisão de política monetária dos Bancos Centrais do ano – no Brasil e nos Estados Unidos. Hoje (28) foi o primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e a decisão deve ser divulgada amanhã (29) depois do fechamento dos mercados.

O Federal Reserve (Fed), BC norte-americano, também publica a decisão sobre juros nesta quarta-feira. A expectativa é de que o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) mantenha os juros inalterados, na faixa de 4,25% a 4,50%.

“Não havendo surpresas com relação aos juros, o que importará serão os comunicados”, afirma o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori. “Para os EUA será relevante verificar em que medida serão sinalizadas novos pontos de atenção sobre a resistência da inflação em convergir para a meta. No Brasil, os esforços também estarão em tentar antecipar o ritmo de aumento e nível terminal da Selic neste ciclo de aperto monetário”, acrescentou.

Por aqui repercutiu também novas declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em um evento com congressistas republicanos, ele disse que incluiu o Brasil na lista de países que e “taxam demais” e “querem mal” aos EUA.

“A China é um grande criador de tarifas. Índia, Brasil, tantos, tantos países. Então, não vamos deixar isso acontecer mais, porque vamos colocar a América em primeiro lugar, sempre colocar a América em primeiro lugar”, disse Trump.

A Casa Branca também confirmou, na tarde desta terça-feira (28), que vai impor tarifas de 10% a 25% sobre produtos de Canadá, México e China. A medida deve entrar em vigor em 1º de fevereiro, próximo sábado.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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