Dólar

Dólar tem 3ª queda consecutiva e fecha a R$ 5,94 — no menor nível em dois meses

22 jan 2025, 17:10 - atualizado em 22 jan 2025, 17:34
Tesouro nacional títulos públicos
O dólar à vista estendeu as perdas pelo 3º dia consecutivo em meio às incertezas sobre as tarifas dos EUA e expectativa de arrecadação fiscal (Imagem: Getty Images)

O dólar à vista (USDBRL) estendeu o ritmo de perdas pelo terceiro pregão consecutivo com incertezas sobre a imposição de tarifas comerciais pelo governo Trump para diversos países.

Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,9465 (-1,40%) — no menor nível desde 27 de novembro. Na mínima intradia, o dólar foi cotado a R$ R$ 5,9165. 



O desempenho destoou da tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, registrou leve alta de 0,10%, aos 108.165 pontos.

O que mexeu com o dólar hoje?

No cenário doméstico, o dólar perdeu força com a entrada de fluxo estrangeiro e expectativa pelos dados da arrecadação federal — após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmar que os números podem vir acima do projetado.

Os primeiros dias do governo Trump também ajudaram a enfraquecer a divisa norte-americana ante o real. Desde a posse de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, na última segunda-feira (20), o dólar vem cedendo pouco a pouco.

Isso porque havia a expectativa de que o republicano assinasse ordens executivas, equivalente à Medida Provisória no Brasil, para a imposição de taxas comerciais contra vários países no mesmo dia da posse — o que não aconteceu.

Até agora, Trump apenas afirmou que pode impor tarifas de 25% sobre produtos importados do México e do Canadá a partir de 1º de fevereiro. Ele também disse que ainda não há data definida para a aplicação de tarifas sobre importações da China e levantou a possibilidade de taxar a Europa. O Brasil, por enquanto, não está na lista.

“Com alguma demora em apresentar medidas concretas relacionadas a parte das promessas de campanha, os ativos de risco passaram a precificar um cenário mais benigno. Esse ‘benefício da dúvida’ enfraquece o dólar, mas a volatilidade tende a continuar conforme o presidente continua falando sobre medidas potencialmente inflacionárias”, disse Paula Zogbi, gerente de Research da Nomad.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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