Dólar

Dólar cai pelo 6º dia consecutivo e fecha a R$ 5,67 na véspera da Super Quarta

18 mar 2025, 17:12 - atualizado em 18 mar 2025, 17:20
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O dólar à vista fechou em queda pelo 5º dia consecutivo (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O dólar à vista (USDBRL) engatou a sexta queda consecutiva com a continuidade das incertezas sobre a economia global e expectativas para a Super Quarta — dia de decisão de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil.

Nesta terça-feira (18), a divisa norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,6721, com queda de 0,25% — no menor nível desde 24 de outubro.



O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais como euro e libra, caía 0,14%, aos 103,226 pontos.

O que mexeu com o dólar hoje?

No cenário doméstico, o mercado repercutiu a apresentação e assinatura do projeto de lei (PL) sobre a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil por mês — sem novidades em relação ao que o governo já havia anunciado. A proposta também prevê a isenção parcial do IR para aqueles que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.

O texto segue para o Congresso Nacional e, se aprovado, passará a valer a partir de 1º de janeiro de 2026.

O projeto que amplia a isenção do IR era uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em novembro do ano passado, junto ao pacote de contenção de gastos do governo.

Os agentes financeiros também seguiram na expectativa pela decisão sobre os juros por aqui. Hoje aconteceu o primeiro dia de reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e a decisão deve sair amanhã (19) depois do fechamento do mercado.

A expectativa é de que o Copom eleve os juros em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano — cumprindo o guidance dado em dezembro. As atenções ficarão concentradas no comunicado, já que o mercado espera novas sinalizações de altas na Selic.

No exterior, o dia também foi de compasso de espera pela decisão sobre os juros dos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed). O Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que divulga a nova decisão na próxima quarta-feira (19), deve manter as taxas no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano.

O mais esperado é o gráfico de pontos (dot plot) do Fed, que mostra as projeções do BC norte-americano para a economia.

As tensões geopolíticas também concentraram as atenções dos investidores. Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, conversaram pela manhã.

Putin aceitou a proposta de suspender os ataques à infraestrutura energética da Ucrânia por 30 dias. Segundo Kremlin, a troca de prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia acontecerá nesta quarta-feira (19) e serão criados grupos de especialistas russos e norte-americanos para discutir cessar-fogo.

As tarifas de importação pelo presidente norte-americano, Donald Trump, seguem no radar, em meio a incertezas sobre a economia global.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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