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Dólar sobe a R$ 6,06 com Haddad e Trump, mas encerra semana em queda

17 jan 2025, 17:20 - atualizado em 17 jan 2025, 18:12
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O dólar à vista engatou a segunda alta consecutiva com expectativa da posse de Trump nos EUA e falas de Haddad (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O dólar à vista (USDBRL) engatou uma nova alta nesta sexta-feira (17) com expectativas para a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos na próxima segunda-feira (20). O saldo da semana, porém, foi negativo.

Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 6,0656 (+0,20%). Na semana, o dólar caiu 0,60%.



O desempenho acompanhou a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, registou alta de 0,40%, aos 109,354 pontos.

O que mexeu com o dólar hoje?

O dólar ganhou força pela segunda sessão consecutiva com os investidores repercutindo declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, além da expectativa da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos .

O chefe da pasta econômica afirmou que é preciso criar as condições necessárias para que os juros no país não fiquem em um patamar elevado por muito tempo, e a atual trajetória de alta da dívida pública preocupa o governo.

Haddad ainda disse não acreditar que a atuação do Banco Central no combate à inflação perdeu potência sob impacto do quadro fiscal e espera que o efeito da política de juros será muito maior do que as pessoas imaginam, em entrevista à CNN Brasil durante a tarde desta sexta-feira (17).

Para o ministro, a política monetária terá efeito, enquanto a política fiscal “tem que ser mais perseverante”. “Não acredito em dominância fiscal neste momento, eu acredito que a política monetária vai fazer efeito sobre a inflação”, afirmou.

Ele também afirmou que o dólar em um nível acima de R$5,70 é “caro” para os fundamentos do Brasil. “Se eu dissesse que hoje eu compraria o dólar a 6 reais? Não, eu não compraria acima de 5,70 reais”, afirmou em entrevista à CNN Brasil. “Na minha opinião, qualquer coisa acima de 5,70 é caro para os fundamentos da economia brasileira hoje.”

No exterior, os investidores seguiram calibrando as posições à espera da posse de Trump nos EUA. O republicano assume a presidência da maior economia do mundo na próxima segunda-feira (20).

Entre as principais medidas, Trump deve colocar em prática as medidas mais protecionistas, como a imposição de tarifas para produtos de vários países — e o Brasil está entre os alvos do republicano.  Tais políticas devem fortalecer o dólar em todo o mundo e pressionar, em maior grau, as moedas emergentes como o real.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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