Dólar

Dólar sobe 1% e fecha a R$ 5,85 com temor de recessão dos EUA

10 mar 2025, 17:05 - atualizado em 10 mar 2025, 17:10
Dólar ações brasileiras
O dólar à vista acelerou alta com a escalada da aversão ao risco após Trump não descartar a possibilidade de recessão nos EUA (Imagem: Pixabay/frycyk01)

O dólar à vista (USDBRL) engatou a terceira alta consecutiva com a escalada do temor de recessão dos Estados Unidos. Nesta segunda-feira (10), a divisa norte-americana encerrou a R$ 5,8521, com avanço de 1,07%.



O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais como euro e libra, subia 0,10%, aos 103,941 pontos.

O que mexeu com o dólar hoje?

No cenário doméstico, o mercado repercutiu o Relatório Focus, enquanto espera pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro. Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a inflação para 5,68% em 2025. Em relação à Selic, a projeção foi mantida em 15% e o câmbio deve ficar na casa de R$ 5,99 em dezembro deste ano.

As atenções ficaram concentradas no exterior, mais especificamente nos Estados Unidos – o que movimentou e pesou no câmbio desta segunda-feira (10). Os investidores voltaram a precificar uma recessão na maior economia do mundo após novas declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em entrevista à Fox News no último domingo (9), o chefe da Casa Branca afirmou que a economia pode “passar por um período de transição”.

“Odeio prever coisas assim. […] Há um período de transição, porque o que estamos fazendo é muito grande — estamos trazendo riqueza de volta para os EUA”, afirmou Trump. Ele ainda acrescentou que isso “leva um pouco de tempo”.

Hoje, o risco de recessão dos Estados Unidos aumentou de 30% para 40%, segundo o JP Morgan.

O mercado também ficou à espera da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de fevereiro, prevista para a próxima quarta-feira (13). Embora o CPI não seja a referência preferida do Fed para inflação, o dado ajuda o mercado a calibrar as apostas sobre a trajetória de juros do país.

Por fim, o vaivém das tarifas de importação impostas pela Casa Branca continuou no radar.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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