Dólar

Dólar à vista fecha em alta, a R$ 5,74, em nova máxima do ano

05 ago 2024, 17:04 - atualizado em 05 ago 2024, 17:27
Dólar, Mercados, Economia, Federal Reserve, CPI, EUA
No exterior, o dólar perdeu força após a inflação dos Estados Unidos e registrou mínima a R$ 5,6170.  (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

Nesta sexta-feira (2), o dólar à vista (USDBRL) fechou a R$ 5,7414, com alta de 0,56%.



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Durante a sessão, a divisa norte-americana renovou a máxima intradia do ano ao atingir R$ 5,8656 (+2,74%). 

O desempenho da moeda norte-americana destoou do movimento no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, caiu cerca de 0,55% em temor a uma recessão na maior economia do mundo.

O que mexeu com o dólar hoje?

No exterior, o dólar foi um dos ativos mais pressionados pela cautela dos investidores nesta segunda-feira (3).

A aversão ao risco dominou os mercados à medida que os investidores precificam uma possível recessão nos Estados Unidos e aumentam as expectativas por cortes mais robustos nos juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro.

Em consequência, os investidores migraram para ativos considerados mais seguros. O dólar, por sua vez, perdeu terreno para o iene, em meio ao desmonte de posições de ‘carry trade’ – em que o investidor toma recursos emprestados em países com juros mais baixos e aplica em países com taxas mais elevadas – após o Japão elevar os juros na última quarta-feira (31). Com isso, as posições de tomada de empréstimos são “zeradas” e deixam de ser atrativas.

A moeda japonesa deu um salto de 14% em relação ao dólar nas últimas três semanas, impulsionado em parte pelo aumento de 15 pontos-base na taxa do Banco do Japão, para 0,25%, junto do anúncio de um plano para reduzir pela metade as compras mensais de títulos pela autoridade monetária japonesa nos próximos dois anos.

Mas, em reação ao real, o dólar segue forte com os economistas projetando uma deterioração do câmbio e aumento da inflação.

Segundo o Relatório Focus, divulgado hoje, o mercado elevou a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,10% para 4,12% e para 2025 de 3,96% para 3,98%.

Já as expectativas para o dólar seguem em R$ 5,30 para 2024 e em R$ 5,25 para 2026. Para 2025 e 2027, os economistas esperam, agora, o câmbio em R$ 5,30 e R$ 5,25.