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Dólar à vista volta a subir e fecha a R$ 6,18; moeda norte-americana recua na semana

03 jan 2025, 17:10 - atualizado em 03 jan 2025, 17:22
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O dólar à vista ganhou força em meio ao enfraquecimento das commodities, as incertezas sobre o fiscal doméstico e o governo Trump (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O dólar à vista (USDBRL) recuperou as perdas da véspera e fechou o último pregão da semana — e o segundo do ano — em tom positivo. A moeda ganhou força com o desempenho negativo das commodities metálicas e dados mais fortes do que o esperado para a indústria dos Estados Unidos.

Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 6,1821 (+0,32%).



O desempenho destoou a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, encerrou as negociações com baixa de 0,44%, aos 108,945 pontos.

Na semana, mais curta em razão do Ano Novo, a moeda norte-americana caiu 0,18% em relação ao real.

O que mexeu com o dólar hoje?

No cenário doméstico, os investidores seguiram ajustando as posições em meio à continuidade das incertezas sobre o cenário fiscal e economia global ao longo do ano, em dia de agenda local mais esvaziada.

No exterior, os investidores reagiram a novos dados econômicos nos Estados Unidos.

O índice de atividade econômica (PMI, na sigla em inglês) da indústria subiu para 49,3 em dezembro, a leitura mais alta desde março, de 48,4 em novembro. O dado foi divulgado pelo Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM). Apesar do avanço, uma leitura do PMI abaixo de 50 indica contração no setor industrial.

Os economistas consultados pela Reuters, por sua vez, previam que o PMI permaneceria inalterado em 48,4. O avanço ‘inesperado’ do setor reforçou as apostas de que os juros devem seguir elevados por mais tempo.

Após o dado, os traders passaram a ver 88,8% de chance de o Federal Reserve (Fed) manter os juros na faixa de 4,25% a 4,50% na próxima decisão, ainda neste mês.

Vale lembrar que na última reunião, realizada em dezembro, o Banco Central norte-americano sinalizou apenas dois cortes de juros, de 0,25 pontos percentuais, ao longo de 2025.

Quanto maiores os juros, melhor para o dólar, que se torna comparativamente mais atrativo à medida que os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, os Treasuries — considerados um dos ativos mais seguros do mundo — valorizam, reduzindo apetite por risco em outros mercados, principalmente os emergentes. 

Os agentes financeiros continuaram a se posicionar para o início do governo de Donald Trump, com expectativas de acirramento de guerras comerciais devido às promessas de tarifas pelo republicano.

*Com informações de Reuters 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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