Dólar é o ativo mais sensível ao impacto fiscal na inflação citado pelo BC
O comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgado ao final da última reunião de 2022 trouxe poucas novidades em relação ao texto anterior, a não ser por mostrar preocupação com o risco fiscal. O alerta feito pelo Banco Central refere-se a potenciais impactos nos preços dos ativos, em especial do dólar.
“O BC está especialmente de olho no fiscal e na PEC da Transição. Caso perceba que a PEC pode desencadear uma desvalorização cambial, o que tem impacto na inflação futura, e pode levar o Copom a voltar a agir”, explica a Marília Fontes, sócia-fundadora da Nord Research.
BC ‘copia e cola’ mensagem
Para ela, esse trecho foi o grande destaque do Copom deste mês. “O comunicado foi praticamente um ‘copia e cola’ dos comunicados e atas anteriores, a não ser pelo parágrafo que fala sobre o balanço de riscos e menciona especial atenção ao desenvolvimento futuro da política fiscal”, reitera.
Hoje, porém, o dólar fechou em queda de 1% em relação ao real, em reação ao texto aprovado ontem na CCJ e enviado ao plenário do Senado. O movimento também estava em linha com as moedas no exterior.
Saiba mais em: Dólar: Por que a moeda cai se a PEC da Transição incomoda tanto?