Dólar dispara aqui e lá fora e motivo tem nome e sobrenome; entenda
Em alta desde a abertura do pregão desta terça-feira (07), o dólar à vista passou a subir 1% e renovou máximas do dia acima de R$ 5,20 e o motivo tem nome e sobrenome: Jerome Powell.
O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) discursa no Congresso dos Estados Unidos e deixou há pouco uma mensagem bastante clara em relação ao futuro da política monetária.
“Espere por mais altas nos juros e uma taxa terminal mais elevada”, declarou, acrescentando que o “Fed está preparado para acelerar ritmo de alta dos juros, caso indicadores apontem necessidade”.
Por volta das 13h30 (de Brasília), o dólar à vista subia 0,8% frente ao real, cotado a R$ 5,19 para venda. O contrato futuro com vencimento em abril tinha alta de 0,5%, a R$ 5,23. Lá fora, o Dollar Index (DXY) ganhou força e disparava perto de 1%, acima de 105,3 pontos.
Dólar é atingido em cheio com Powell ‘agressivo’
Esse movimento de alta do dólar reflete o aumento das apostas para alta de 0,50 ponto porcentual (pp) nos juros pelo Comitê do Fed (Fomc) neste mês. A próxima decisão de política monetária do Fed sairá no dia 22.
“Powell foi mais agressivo”, diz o diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.
Já o gerente da mesa de operações da StoneX, Marcio Riauba, destaca Powell falará amanhã no Congresso e que um indicador importante pode continuar a fazer preço no dólar e ajudar o Fed na condução da política monetária.
“Os juros futuros nos Estados Unidos reduziram a queda também. Provavelmente, virá uma alta de 0,50 pp no dia 22. E na sexta-feira, ainda tem o payroll [relatório do mercado de trabalho americano]”, lembra o profissional do banco de câmbio.
Com isso, ele acrescenta que a “aversão ao risco deve se manter e o Brasil vai sofrer com isso”, ainda mais com as questões políticas locais.