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Dólar digital: MIT e Fed de Boston divulgam 1ª fase do projeto de pesquisa para a CBDC

04 fev 2022, 8:45 - atualizado em 04 fev 2022, 8:46
A divulgação feita ontem menciona “um processador de transações teórico, de alto desempenho e resiliência para uma CBDC, desenvolvendo um software de pesquisa de código aberto, o OpenCBDC” (Imagem: Unsplash/Alexander Schimmeck)

Um software de código aberto, desenvolvido a partir de um projeto de pesquisa colaborativa entre o Federal Reserve de Boston e a Iniciativa para Moeda Digital (DCI), do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, foi divulgado nessa quinta-feira (3).

Ambas as partes anunciaram a colaboração em agosto do ano passado, formando um componente essencial para uma investigação mais ampla de moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs) pelos oficiais do Federal Reserve.

Embora nenhuma decisão tenha sido tomada em relação ao Fed lançar ou não o dólar digital em um futuro próximo, a instituição financeira divulgou, recentemente, um relatório sobre os benefícios e riscos de uma moeda digital dos Estados Unidos.

A divulgação feita ontem menciona “um processador de transações teórico, de alto desempenho e resiliência para uma CBDC, desenvolvendo um software de pesquisa de código aberto, o OpenCBDC”. A publicação da primeira fase da pesquisa inclui código no GitHub e um whitepaper.

“É fundamental entender como tecnologias emergentes podem dar suporte a uma CBDC e quais desafios permanecem”, disse Jim Cunha, vice-presidente executivo do Fed de Boston, em uma declaração.

“Essa colaboração entre o MIT e nossos tecnologistas criou um modelo de pesquisa de CBDC escalável, que nos permite aprender mais sobre essas tecnologias e as escolhas que deveriam ser consideradas no desenvolvimento de uma CBDC”.

De modo notável, o whitepaper destacou que, “apesar de usar ideias da tecnologia blockchain, descobrimos que um livro-razão distribuído sob a jurisdição de diferentes agentes não era necessário para atingir os nossos objetivos”.

Consta, em seguida, no documento:

Especificamente, um livro-razão distribuído não atende às nossas suposições de confiança na abordagem do Projeto Hamilton, que assume que a plataforma seria administrada por um agente central.

Descobrimos que, mesmo em funcionamento sob a administração de um agente central, a arquitetura de um livro-razão distribuído tem suas desvantagens.

Por exemplo, ele pode gerar gargalos de desempenho, e exige que o processador central de transações mantenha o histórico de transações, o que um de nossos designs não faz, resultando em propriedades de de rendimento de escalabilidade significativamente aprimoradas.

Quanto ao futuro, o trabalho “prepara o terreno” para uma fase adicional de pesquisa, a qual o documento destacou em termos de áreas de prioridade.

“Na fase 2 do Projeto Hamilton, o Fed de Boston e o DCI do MIT irão explorar novos designs de funcionalidade e técnicas alternativas”, escreveram os autores do documento.

“Tópicos de pesquisa podem incluem designs de criptografia para privacidade e auditabilidade, programabilidade e contratos autônomos, pagamentos off-line, emissão e redenção seguras, novos casos de uso e modelos de acesso, técnicas para manter um acesso aberto, ao mesmo tempo em que protege contra ataques de negação de serviço, e novas ferramentas para promulgar políticas. Além disso, esperamos colaborar e explorar esses desafios com outros contribuidores técnicos de diversas origens no repositório de código aberto”.