Dólar Digital e outras CBDCs devem ser banidas, como defende Ron DeSantis, candidato à presidência dos EUA?
Ron DeSantis, governador da Flórida e pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, voltou a defender publicamente que moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs, na sigla em inglês) sejam banidas e prometeu extinguir qualquer projeto apoiado pelo Federal Reserve neste sentido, se vencer as eleições do ano que vem.
“Se for presidente, já no primeiro dia, vamos anular a moeda digital do banco central”, afirmou na última sexta-feira (14) em um evento no Iowa. DeSantis acusa o atual ocupante da Casa Branca, o democrata Joe Biden, de incentivar o desenvolvimento das CBDCs, apenas como pretexto para criar ferramentas de controle e monitoramento das pessoas.
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Mas, se depender de especialistas ouvidos pelo site The Block, banir CBDCs como o real digital, em desenvolvimento pelo Banco Central, e o dólar digital, que avança no Fed, “causará mais mal do que bem”. Akash Mahendra, diretor da Haven1 Foundation e gestor de portfólios da plataforma Yield App, afirmou ao site que a adoção de CBDCs é “inevitável”.
“Misturar interesses puramente políticos com cripto causaria mais mal do que bem”, afirmou Mahendra. Ele acrescentou que “a digitalização do dinheiro é o futuro, e é apenas uma questão de tempo, antes que CBDCs sejam integradas nos sistemas de pagamento existentes”.
CBDCs podem acelerar a economia
Para Mahendra, a adoção de um “dólar digital” permitiria integrar mais de 7 milhões de americanos não-bancarizados, isto é, sem acesso ao sistema bancário atual. Isto teria o potencial de dinamizar a economia dos Estados Unidos.
Ainda falando ao The Block, o gestor explica que as CBDCs também ajudaria a reduzir a criminalidade, ao facilitar que o governo rastreie os pagamentos. Além disso, as moedas digitais emitidas por bancos centrais contribuiriam com a redução de tarifas alfandegárias que, atualmente, oneram os imigrantes.
“Dinheiro físico e criptomoedas podem coexistir com uma moeda digital emitida pelo governo”, afirmou. Para Mahendra, “os indivíduos deveriam ser livres para escolher seus métodos preferidos de pagamento, incluindo a opção de não usar unicamente a CBDC.”