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Dólar derrete lá fora empolgado com inflação nos EUA; aqui, relega tensão em Brasília

13 dez 2022, 13:33 - atualizado em 13 dez 2022, 13:33
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Dólar recuou 1,5% após a divulgação do dado de inflação americana que pode ajudar o Fed a reduzir o ritmo de alta de juros (Imagem: REUTERS/Murad Sezer)

Nada como um dia após o outro. Após disparar ontem mais de 2%, a R$ 5,35, o dólar à vista recuou mais de 1% acompanhando o exterior, além de uma correção no mercado doméstico.

Lá fora, a moeda norte-americana derrete em relação aos seus principais pares e divisas de países emergentes após a divulgação do dado de inflação dos Estados Unidos, em novembro.

Por volta das 13h25 (de Brasília), o dólar à vista tinha queda de 0,8% frente ao real, negociado perto de R$ 5,28 para venda. O contrato futuro com vencimento em janeiro caía 1,1%, a R$ 5,29. No exterior, o Dollar Index tombava 1,2%, abaixo dos 103,9 pontos.

Dólar se empolga com inflação americana…

O índice de preços ao consumidor americano (CPI, na sigla em inglês) perdeu força no mês passado, desacelerando-se em relação a outubro. O dado que mede a inflação do país subiu 0,1% na base mensal e avançou 7,1% no confronto anual, ficando abaixo das estimativas do mercado, de altas de 0,2% e de +7,3%, respectivamente.

Com isso, foi o menor aumento do CPI em 12 meses desde o período encerrado em dezembro de 2021.

“Esse alívio na inflação na véspera da reunião do Fed [Federal Reserve, o banco central norte-americano] abre a possibilidade de uma redução no ímpeto da alta de juros”, comenta o gerente da mesa de operações da StoneX, Marcio Riauba.

É hora de comprar dólar para lucrar com a disparada dos juros nos EUA?

O mercado precifica uma alta de juros em 0,50 ponto percentual (p.p.), na qual subiria para o intervalo entre 4,25% e 4,50%.

… mas ignora tensão em Brasília

Ontem, Brasília viveu uma noite de caos após bolsonaristas tentarem invadir a sede da Polícia Federal na capital federal. O grupo antidemocrático incendiou carros e ônibus, além de entraram em confronto com a polícia, que tentou dispersar os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.

O mercado financeiro doméstico ignorou o fato e olha para outro ponto de Brasília, onde está o próximo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo pode anunciar hoje nomes que irão compor sua equipe econômica a partir do ano que vem.

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