Dólar dá de ombros para guerra e despenca; veja cotação
O dólar à vista deu de ombros para os conflitos entre Israel e o Hamas e despencou nesta terça-feira (10), na maior queda percentual em um mês.
Com isso, a moeda norte-americana recuou 1,5% frente ao real, negociada a R$ 5,05 para venda. Além disso, a divisa estrangeira atingiu a menor cotação em uma semana.
Lá fora, o Dollar Index (DXY) recuava 0,3%, aos 105, 7 pontos. Na semana passada, o indicador que mede o comportamento da moeda americana em relação as divisas das principais economias alcançou mais de 107 pontos e 13 altas semanais.
Na volta do mercado norte-americano, após feriado local na véspera, os ativos de risco tiveram um alívio global. Para o consultor e economista André Perfeito, a reação dos mercados financeiros vão no sentido de avaliar que a guerra no Oriente Médio será localizada e rápida.
“Sendo assim, o preço dos ativos aliviam no curto prazo. Contudo, a melhora nesse período não deve ser lida como permanente. Uma vez que os outros motivos que tiravam o sono do mercado ainda estão na mesa e sobre estes se somam os conflitos [entre israelenses e palestinos]”, avalia.
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De onde veio o alívio para o dólar?
Do mesmo jeito que veio o estresse recente, vem o alívio pontual: do exterior.
O analista de inteligência de mercado da StoneX, Leonel Mattos, comenta que o mercado externo reagiu aos comentários de autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), como o vice-presidente da instituição, Philip Jefferson, e a presidente do Fed de Dallas, Laurie Logan.
“Depois que os comentários deles sugerirem que as altas recentes dos rendimentos dos títulos do tesouro americano, as treasuries, na prática, constituem um aperto das condições financeiras nos Estados Unidos, o dólar passou a arrefecer”, diz.