Dólar reverte ganhos e cai a R$ 5,32 após dados dos EUA melhores do que a expectativa
O dólar era negociado em alta contra o real nesta quinta-feira, dia de cautela no exterior em meio a temores sobre uma segunda onda de infecções por coronavírus, enquanto os investidores aguardavam dados sobre o desemprego nos Estados Unidos e reagiam à piora da projeção do Banco Central do Brasil para o Produto Interno Bruto anual.
Às 10:50 (horário de Brasília), o dólar (USDBRL) cedia 0,40%, a 5,3210 reais na venda, enquanto o dólar futuro de maior liquidez tinha alta de 0,19%, a 5,3595 reais.
O dólar passava a cair contra o real nesta quinta-feira à medida que os investidores reagiam a dados melhores do que o esperado sobre os Estados Unidos, ofuscando temores em relação a uma segunda onda de coronavírus.
Depois de um dia turbulento para ativos arriscados na sessão anterior, o sentimento de risco dos investidores havia amanhecido fraco nesta quinta-feira, já que uma alta nos casos de Covid-19 em várias áreas dos Estados Unidos causou temores sobre uma segunda onda da doença, que poderia provocar a volta de bloqueios econômicos prejudiciais.
Mas dados sobre dos Estados Unidos pareciam acalmar os nervos dos mercados, com as novas encomendas do núcleo de bens de capital se recuperando mais do que o esperado em maio e o Produto Interno Bruto do primeiro trimestre ficando em linha com as expectativas.
“Os dados, em certa medida, estão diminuindo as preocupações que a gente viu com o aumento de casos de coronavírus nos EUA, ajudando a reduzir temores sobre uma recuperação mais lenta”, disse à Reuters Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho.
Na última sessão, o dólar à vista teve ganho de 3,33%, a 5,3246 reais na venda, maior valorização percentual diária desde 18 de março.
Neste pregão, o Banco Central ofertará até 12 mil contratos de swap tradicional com vencimento em novembro de 2020 e fevereiro de 2021, para rolagem de contratos já existentes.