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Dólar caiu, e agora? GOLL4, AZUL4, LREN3 e mais 8 ações que ganham com a queda; é hora de investir?

17 abr 2023, 17:44 - atualizado em 17 abr 2023, 17:44
Dólar queda
Consumo, varejo, saúde, real estate, infraestrutura e aéreas ganham com a queda do dólar (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração)

A queda do dólar — que perdeu o patamar dos R$ 5 na semana passada — deve beneficiar algumas empresas listadas na Bolsa brasileira. Enquanto mineração & siderurgia, papel & celulose e ramos de exportação em geral saem perdendo com o cenário, pois têm faturamento atrelado à moeda, os players domésticos, como consumo, varejo, saúde, real estate, infraestrutura e aéreas, encontram alívio na baixa da moeda.

O analista da Ajax Capital, Rafael Passos, explica que a vantagem das empresas desses setores no atual cenário é ter receita exposta ao real, seja em faturamento ou operação. Phil Soares, chefe de análise de ações da Órama, ainda pontua que as despesas das companhias diminuem, por ser atrelada ao dólar.

Passos afirma que a baixa da moeda norte-americana e a alta do principal índice da B3, o Ibovespa (IBOV), geralmente são acompanhadas da queda das taxas de juros no Brasil. Os ativos domésticos são sensíveis e se beneficiam das mudanças na curva de juros, diz.

Em 2023, o dólar acumula desvalorização de 7,15% frente ao real. Apesar de a expectativa do mercado apontar para uma alta da moeda até o fim do ano, o sócio-diretor da Pronto Investimentos, Vanei Nagem, afirma que a tendência ainda é de baixa no curto prazo. “Não chegou ao fundo do poço”, diz.

De acordo com os especialistas da Ajax e da Órama, os papéis que devem navegar a maré positiva para a moeda brasileira são:

Eles pontuam que os ativos citados mostram histórico de resultados consistentes e altas taxas de retorno.

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Vale apostar na queda do dólar através da Bolsa?

Para Soares, da Órama, apesar de uma eventual tendência de queda para o dólar no curto prazo, não vale apostar na baixa da moeda através da Bolsa. Isso porque, na análise da casa de investimentos, a cotação deve ficar no patamar de R$ 4,80 a R$ 4,90 ao fim de 2023.

Passos, da Ajax, lembra que, hoje, o cenário macroeconômico ainda está “conturbado”. “A atividade econômica está em desaceleração e deve continuar em 2023, o mercado de crédito enfrenta maior restrição e a inflação segue alta”, destaca.

De acordo com o analista, grande parte do potencial ganho das empresas que se beneficiam da queda da moeda norte-americana foi capturada na última alta — na semana passada, o IBOV avançou 5,4%.

Além disso, lá fora, o cenário também está “estressado”, diz. “O momento ainda é mais de cautela e menor apetite a risco, focando em ativos mais resilientes e defensivos, onde é possível surfar essa baixa visibilidade”, recomenda.