Mercados

Dólar cai para R$ 5,07 na contramão do exterior, com fluxo estrangeiro e correção

12 ago 2022, 18:41 - atualizado em 12 ago 2022, 18:41
dólar
Dólar recua 1,7% em semana de aposta de estabilização da Selic, Fed menos agressivo (Unsplash/Alexander Schimmeck)

O dólar à vista fechou em queda de 1,6% frente ao real, cotado a R$ 5,07 para venda, descolado do exterior, em meio ao aumento do fluxo de investidor estrangeiro na bolsa brasileira e correção local, em pregão de agenda e noticiários vazios, diz o operador de mesa de uma corretora de câmbio.

O contrato futuro do dólar com vencimento em setembro também recuou 1,6%, para R$ 5,10. Enquanto lá fora, o Dollar Index oscilou em alta de 0,5% em boa parte do dia, aos 105,670 pontos.

Fed no radar

Na semana marcada por uma melhora global do apetite ao risco, após dados de inflação dos Estados Unidos melhores do que o esperado elevarem as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) irá reduzir o ritmo de aperto monetário na reunião de setembro, comentam analistas do BTG Pactual, a moeda encerrou com desvalorização de 1,7%

As apostas de alta de 0,50 ponto percentual (pp) cresceram substancialmente, enquanto as de ajuste para 0,75 pp, pela terceira vez consecutiva, perdeu força. 

Queda da Selic?

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) também foi destaque na semana. Em tom mais “dovish” (suave), o Banco Central sinalizou que deverá encerrar o ciclo de aperto monetário após 12 altas seguidas da taxa Selic, mantendo-a em 13,75% ao ano.

“Em algum momento, a taxa de juros vai começar a cair. O nosso Banco Central antecipou bastante o movimento de alta da Selic. Isso tem refletido em um cenário positivo para o dólar, sem sentir os efeitos de juro mais alto no exterior”, comenta o diretor da corretora, Amaril Franklin, Fernando Franklin.

Semana que vem

Na semana que vem, o mercado deverá ficar atento aos números do varejo e da produção industrial dos Estados Unidos, em julho. Aqui, o destaque da agenda fica para o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, de junho – indicador que antecipa avaliações sobre o Produto Interno Bruto (PIB).

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