Dólar cai no dia, mas fecha a semana em alta com exterior

O dólar à vista fechou em queda de 1% frente ao real, negociado a R$ 5,18 para venda, em alívio com os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos, o payroll, em agosto.

Em agosto, o país criou 315 mil vagas de emprego, acima da expectativa de 300 mil postos. Já a taxa de desemprego subiu para 3,7% no período, acima da previsão de 3,5%.

0,50 ou 0,75 pp?

Os números fizeram aumentar as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) subirá a taxa de juros em 0,50 ponto percentual (p.p.) na reunião de política monetária deste mês, em um pouso mais suave.

Lá fora, o Dollar Index operou em queda por todo o pregão, entre 108,9 e 109,7 pontos, após ontem atingir os maiores níveis em 20 anos.

A economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, comenta que houve um desmonte de posições das apostas de alta da taxa de juros em 0,75 pp. O que ajudou a sustentar a queda lá fora.

Já a equipe econômica da Guide Investimentos diz que o movimento de queda foi perdendo força ao longo do dia,  no exterior, ante a continuidade das apostas de alta nessa magnitude.

Semana que vem

O dólar caiu no pregão, entretanto, fechou a semana com valorização de 2,1%.

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E a próxima semana será de feriados. Na segunda-feira, nos Estados Unidos, e aqui, na quarta-feira. O que indica liquidez reduzida no começo da semana.

Porém, indicadores de atividade norte-americanos e europeus ficam no radar do mercado. Assim como a inflação doméstica, com os números do IPCA, em agosto.

Os analistas da Guide avaliam que a perspectiva de desaceleração global, com queda dos preços de commodities, aliado a uma economia local que começa a dar sinais de fraqueza, além de um real mais forte, aumenta as chances de o Banco Central brasileiro anunciar a estabilidade da Selic na reunião de política monetária, no dia 21.

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