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Dólar cai mais de 1% e fecha abaixo de R$ 6,05 em dia de ajustes e liquidez menor

09 jan 2025, 17:46 - atualizado em 09 jan 2025, 17:46
Tesouro nacional títulos públicos
(imagem: Getty Images)

O dólar caiu mais de 1% nesta quinta-feira, para abaixo de R$ 6,05, em sessão de baixa liquidez por conta dos mercados fechados nos Estados Unidos, com investidores retirando dos preços parte dos excessos do fim de 2024, em meio à agenda esvaziada no Brasil.

O dólar à vista fechou em baixa de 1,10%, aos R$ 6,0431. Às 17h02 na B3 o dólar para fevereiro — atualmente o mais líquido — cedia 0,87%, aos R$ 6,0775. Neste horário haviam sido negociados pouco mais de 175 mil contratos de dólar para fevereiro, um montante inferior ao que é visto em dias comuns.

Com a bolsa norte-americana fechada nesta quinta-feira e os Treasuries operando em horário reduzido em função do funeral do ex-presidente dos EUA Jimmy Carter, a liquidez no mercado brasileiro diminuiu, amplificando a volatilidade em alguns momentos.

A alta da moeda norte-americana no exterior chegou a influenciar o câmbio local no início do dia, mas posteriormente prevaleceu o movimento mais recente de ajuste de cotações. Parte do mercado seguiu eliminando os exageros de preços tanto no câmbio quanto no mercado de DIs (Depósitos Interfinanceiros).

Neste cenário, após marcar a cotação máxima de R$ 6,1233 (+0,21%) às 9h31, ainda na primeira hora de negócios, o dólar à vista atingiu a mínima de R$ 6,0377 (-1,19%) às 16h10, já perto do fechamento.

“Estamos vendo o dólar extremamente forte lá fora. Mas se surgirem dados de emprego ou de inflação mais fracos nos EUA, ou se o (presidente eleito, Donald) Trump não fizer o que se imagina em matéria de elevação de tarifas, há espaço para o dólar dar uma recuada no exterior, em direção a 106 ou 105”, avaliou durante a tarde o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, em referência às cotações do dólar index, que compara a moeda norte-americana a uma cesta de divisas fortes.

“Isso poderia levar a uma valorização adicional do real, em direção a (um dólar de) R$ 5,90, caso não surjam notícias negativas por aqui”, acrescentou.

Nos últimos meses, a expectativa de que Trump possa adotar tarifas mais elevadas sobre os produtos importados tem sustentado o dólar ao redor do mundo, em meio à percepção de que isso gerará mais inflação e juros mais altos nos EUA.

Às 17h09, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,12%, a 109,150.

Pela manhã o Banco Central vendeu 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de fevereiro de 2025.

reuters@moneytimes.com.br