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Dólar cai em meio à euforia com eleição, atento a Bolsonaro e Lula

04 out 2022, 12:02 - atualizado em 04 out 2022, 12:02
Dólar
Dólar oscila nas primeiras horas de pregão, mas tem queda firme com investidor minimizando riscos eleitorais, com segundo turno no radar (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo)

O dólar à vista opera em queda de 0,4% frente ao real, cotado perto de R$ 5,15 para venda. Com sinal negativo desde a abertura dos negócios, quando foi ao nível de R$ 5,11, a moeda norte-americana oscilou há pouco sem direção definida, ensaiando alta.

“Foi um ajuste técnico local momentâneo após ‘ficar barato'”, comenta o diretor de câmbio de uma corretora local. Ele acrescenta que o desmonte de posições defensivas em meio à correção com os riscos eleitorais continua nesta terça-feira (4). Ontem, o dólar caiu 4,5%, no menor recuo diário desde junho de 2018.

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Exterior positivo

O contrato futuro do dólar com vencimento em novembro caía 0,3%, a R$ 5,18, enquanto lá fora a procura por risco leva a moeda estrangeira a cair frente aos seus principais pares. O Dollar Index recuava perto de 1%, aos 110,6 pontos, menor nível em quase duas semanas.

O destaque da semana na agenda econômica são os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos (payroll), que serão divulgados no fim da semana.

Segundo turno

O segundo turno já começou. Ao mesmo tempo que investidores recalculam a rota dos ativos domésticos após o primeiro pleito, eles seguem atentos aos próximos passos das campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL), que duelam no segundo round.

O foco é a aliança política de cada campanha. Bolsonaro, agora, tem o apoio de Romeu Zema (Novo), reeleito governador de Minas Gerais em primeiro turno. O estado é o segundo maior colégio eleitoral do país e deu vitória à Lula, no domingo.

O petista, por sua vez, tenta captar o apoio político do terceiro e quarto lugar, que somaram 8,5 milhões de votos.

“A tendência é que tanto Ciro Gomes (PDT) quanto Simone Tebet (MDB) declarem apoio ao ex-presidente Lula. O pedetista deve se reunir nesta terça com o diretório nacional da legenda e oficializar o apoio. Já a emedebista quer se reunir com a campanha do PT para negociar pormenores da possível aliança”, comenta o analista político da Levante, Felipe Berenguer.

O PDT deve anunciar se apoia ou não Lula no início da tarde.

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