Mercados

Dólar cai e fecha a R$ 5,38 com sinais do governo sobre agenda de reformas

01 set 2020, 17:13 - atualizado em 01 set 2020, 17:51
Dólar, dólares, investimentos
O dólar à vista caiu 1,75%, a 5,385 reais na venda (Imagem: REUTERS/ Gary Cameron)

O dólar (USDBRL) fechou em queda ante o real nesta terça-feira, começando setembro repercutindo sinais benignos do governo com relação à agenda de reformas e de equilíbrio fiscal em dia de PIB no Brasil, enquanto no exterior a moeda norte-americana seguiu em trajetória de baixa.

O dólar à vista caiu 1,75%, a 5,385 reais na venda, menor patamar desde 13 de agosto (5,3675 reais).

Na B3 (B3SA3), o dólar futuro recuava 1,93%, a 5,3920 reais, às 17h01.

O mercado gostou de sinais do presidente Jair Bolsonaro sobre envio da reforma administrativa ao Congresso na próxima quinta-feira, depois de sucessivos adiamentos e muita resistência por parte do próprio presidente.

Além disso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, mencionando orientação dada por Bolsonaro, disse que o Renda Brasil, que está sendo gestado para reunir programas sociais numa só iniciativa, será estudado por mais tempo e deverá mirar o andar de cima para reforçar o andar de baixo.

Ainda nesta terça, Bolsonaro anunciou que o valor do auxílio emergencial que será pago pelo governo federal a vulneráveis até o final do ano por causa da pandemia de coronavírus será de 300 reais mensais.

(Brasília - DF, 01/09/2020) Palavras do Presidente da República, Jair Bolsonaro durante entrevista coletiva sobre a prorrogação do auxílio emergencial
Bolsonaro anunciou que o valor do auxílio emergencial que será pago pelo governo federal a vulneráveis até o final do ano (Imagem: Marcos Corrêa/PR)

“(Isso) é sinal de que, se houver boa vontade, o dólar responde em uma magnitude maior”, disse um experiente profissional em trade de dólar.

O mercado vinha nas últimas semanas elevando prêmios de risco diante de temores de postura fiscal mais leniente da parte do governo e de perda de influência de Guedes em meio a pressões por setores do Executivo por mais gastos.

O sinal positivo do lado fiscal emitido nesta terça por Bolsonaro junto a Guedes ocorreu no mesmo dia em que o IBGE reportou tombo de 9,7% na economia brasileira no segundo trimestre sobre o primeiro –resultado pior que o esperado.

Mulher usando máscara protetora e protetor facial fala ao telefone enquanto pessoas caminham em uma popular rua comercial em meio ao surto de Covid-19 em São Paulo, Brasil, 15 de julho de 2020. REUTERS/Amanda Perobelli
O sinal positivo do lado fiscal emitido nesta terça por Bolsonaro junto a Guedes ocorreu no mesmo dia em que o IBGE reportou tombo de 9,7% (Imagem: REUTERS/ Amanda Perobelli)

Ainda assim, predomina no mercado análise de que a economia segue em recuperação, qualificada pelo economista do Itaú Unibanco Luka Barbosa como “robusta”. O UBS Brasil elevou a projeção para o desempenho da economia no terceiro trimestre e no ano de 2020 como um todo.

“E ainda estamos em movimento alinhado à queda do dólar no exterior”, lembrou Fernando Bergallo, CEO da FB Capital, citando fatores externos como adicionais à reação positiva do mercado à indicação do presidente sobre a agenda de reformas.

O real liderou os ganhos entre as principais divisas nesta sessão, seguido por outras moedas emergentes como rand sul-africano (+1,7%), peso colombiano (+1,6%) e peso chileno (+0,6%).

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar