Dólar avança com investidor em busca de proteção antes de juro subir nos EUA
O dólar à vista sobe 1,3% frente ao real e vai a R$ 5,23 com investidores locais em busca de proteção antes da taxa de juros subir nos Estados Unidos, na semana que vem.
Com isso, o real é a moeda com o pior desempenho entre as principais moedas de países emergentes. O contrato futuro com vencimento em outubro avança 1,2%, a R$ 5,25.
A decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) se aproxima e investidores fazem suas apostas de qual deverá ser a magnitude da alta de juros.
Enquanto o mercado praticamente bate o martelo de que o Fed deverá elevar a taxa em 0,75 ponto percentual (p.p.), as apostas de ajuste de 1 p.p. também ganham fôlego.
“A proximidade da próxima reunião eleva debates sobre o possível posicionamento e o tamanho do próximo ajuste nos juros, retirando parte do apetite por risco dos investidores”, avalia a equipe econômica do BTG Pactual.
Lá fora, o Dollar Index opera praticamente estável, aos 109,6 pontos.
Agenda cheia
Mais cedo, saiu o resultado das vendas no varejo nos Estados Unidos, em agosto, com alta de 0,3% ante julho. Para a equipe do BTG, os dados geraram leituras mais brandas, assim como os da indústria.
Mas mostraram sinais de arrefecimento da atividade econômica. Sendo assim, reforçam o cenário de alta de juros de 0,75 p.p. pelo Fed.
Dólar volátil até o Fed
Nas últimas semanas, o real vem tendo desempenho melhor do que os seus principais pares emergentes. O que indica, no entanto, que o Brasil tem oferecido menos risco do que outros mercados.
De todo modo, a volatilidade deverá persistir até quarta-feira, quando o Fed anunciará a nova taxa de juros dos Estados Unidos.
“Somente após a série de definições que devem ocorrer na próxima semana, um rumo poderá ser tomado. Seja ele de melhora ou piora pelo apetite do prêmio de risco”, sinaliza o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira.
Na quarta-feira, também sai a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), com apostas majoritárias de que o Banco Central (BC) deverá encerrar o ciclo de alta de juros e manter a Selic em 13,75%.
No dia seguinte, tem a decisão do Banco da Inglaterra (BoE), adiada em razão da morte da rainha Elizabeth II, na semana passada. Investidores também seguem atentos ao cenário econômico na Europa em meio à crise energética.
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