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Dólar apaga queda e passa a subir após declarações sobre salário mínimo e seguindo exterior

18 jan 2023, 14:51 - atualizado em 18 jan 2023, 14:51
Dólar
Dólar apaga queda e passa a subir, após falas do presidente Lula e de líderes sindicais sobre o salário mínimo; exterior também influencia (Imagem: Pixabay/Engin_Akyurt)

O dólar apagou a queda e passou a subir em relação ao real na tarde desta quarta-feira (18). Pela manhã, a moeda norte-americana chegou a ser negociada abaixo de R$ 5,10 no mercado futuro.

O movimento no mercado doméstico de câmbio nesta tarde ocorreu após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o salário mínimo. Outras lideranças também falaram sobre o tema, em evento com centrais sindicais.

Por volta das 14h35, o dólar futuro para fevereiro subia 1,22%, a R$ 5,171. Além disso, no exterior, o dólar também reduziu a queda.

Já o índice DXY tinha leve baixa de 0,05%, aos 102.34 pontos, no mesmo horário. Mais cedo, o índice que mede o comportamento do dólar ante uma cesta de moedas fortes chegou a cair para a marca de 101,5 pontos.

Até então, a queda generalizada do dólar refletia dados econômicos fracos nos Estados Unidos, que reforçaram a expectativa de altas menores de juros pelo Federal Reserve. O Fed reúne-se pela primeira vez neste ano no fim do mês.

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Lula pesa no dólar

Por aqui, o presidente Lula assinou hoje, durante encontro com as centrais sindicais, um despacho determinando que os ministérios do Trabalho e da Previdência, entre outros, apresentem em 45 dias uma proposta para uma política de valorização do salário mínimo.

O ministro Luiz Marinho (Trabalho) disse que o grupo também vai debater sobre o novo valor do mínimo.

Para a Warren Investimentos, já era esperado que o contraponto do dia fosse o presidente recebendo centrais sindicais. O encontro deve pressionar por aumento maior do salário mínimo.

Até então, as moedas em sua maioria tinham valorização frente ao dólar, com exceção do iene, que sofre com a política monetária inalterada do Banco Central do Japão (BoJ, na sigla em inglês).

Além disso,  declarações na véspera do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que segue insistindo que o governo vai buscar arcabouço fiscal e reforma tributária até abril também contribuíam para o tom mais ameno. “Trava de gastos também segue sendo estudada e caso aprovada, será bem recebida pelo mercado”, comentou o co-gestor de renda fixa da Warren, Luís Felipe Laudísio.

*Com Reuters