Dólar alto faz milho manter virada na B3, mas para o boi não adianta nada sem a China
Durante muitos pregões, o milho e o boi andaram juntos no lado negativo do mercado futuro no Brasil. Mas, desde segunda, se descolaram.
O cereal sobe com sustentação do dólar em franco avanço e o boi se mantém em queda livre.
Nesta quarta (29), o cenário segue igual na B3 (B3SA3), embora haja um leve recuo da divisa americana, para R$ 5,40 até agora.
Às 13h40 (Brasília), o milho ganha em todos os vencimentos, com os mais curtos, novembro e dezembro, respectivamente em 0,20%, a R$ 93,40, e 0,44%, a R$ 94,4.
O impulso cambial leva os produtores a procurarem as vendas do milho safrinha, recém-colhido, contrastando com o cenário de pressão que a maior oferta (apesar da queda da safra) proporciona.
Já o boi, sem perspectiva de vendas à China no horizonte, ante embargo pós-vaca louca, e com feriadão chinês de 1 a 7 de outubro, renova as baixas: outubro, 1,03%, R$ 294,45; novembro, 1,34%, R$301,5; e dezembro, 1,22%, R4 307,50.
Mesmo com a tendência de a China voltar a importar, quando muito até o meio do próximo mês, os frigoríficos estão mantendo os preços em baixa. As indústrias são o grupo que mais faz hedge nesse mercado.