Dólar alto é bom para o agronegócio exportador, aponta gestor de câmbio da Terra
O câmbio seguiu pressionado não somente no Brasil, mas em várias moedas no ano passado, já que a pandemia de Covid-19, os lockdowns e a guerra inflacionária geraram dificuldades econômicas mundialmente.
Contudo, o agronegócio voltado à exportação tem terreno fértil para aproveitar a escalada do dólar em 2022.
Companhias como JBS (JBSS3), Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3) têm as maiores chances de ganharem com a negociação de suas commodities no mercado internacional, na avaliação de analistas.
Em meio às incertezas, Venei Nagem, gestor da mesa de câmbio da Terra Investimentos, explica que a taxa Selic mais alta no Brasil poderia ajudar a atrair investimentos, melhorando o cenário interno e favorecendo o câmbio no país.
“Dólar alto pode ser bom para agricultores exportadores, mas o mercado de produção sofre com isso, porque não consegue acompanhar a tecnologia, nem a produção industrial do mundo, prejudicando nosso PIB”, afirma o especialista.
Cadê o estrangeiro?
Acontece que o Brasil passa a impressão de que há um descontrole na economia e isso causa preocupação entre os investidores, que só deve se acentuar em meio a corrida eleitoral.
“O estrangeiro fugiu um pouco do país, fazendo entrar menos moeda, gerando pressão muito forte sobre o dólar no Brasil”, salienta Nagem.
O ponto chave para a recuperação efetiva, de acordo com o gestor de câmbio, está no empenho dos países em controlar a inflação, aproximando-a do eixo de expectativa definido em suas metas.