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Dólar alto é bom para o agronegócio exportador, aponta gestor de câmbio da Terra

13 jan 2022, 11:21 - atualizado em 13 jan 2022, 11:21
Agronegócio
Companhias agro voltadas à exportação se beneficiam do dólar forte sobre o real, cenário que pode se acentuar em meio à corrida eleitoral (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

O câmbio seguiu pressionado não somente no Brasil, mas em várias moedas no ano passado, já que a pandemia de Covid-19, os lockdowns e a guerra inflacionária geraram dificuldades econômicas mundialmente.

Contudo, o agronegócio voltado à exportação tem terreno fértil para aproveitar a escalada do dólar em 2022.

Companhias como JBS (JBSS3), Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3) têm as maiores chances de ganharem com a negociação de suas commodities no mercado internacional, na avaliação de analistas.

Em meio às incertezas, Venei Nagem, gestor da mesa de câmbio da Terra Investimentos, explica que a taxa Selic mais alta no Brasil poderia ajudar a atrair investimentos, melhorando o cenário interno e favorecendo o câmbio no país.

“Dólar alto pode ser bom para agricultores exportadores, mas o mercado de produção sofre com isso, porque não consegue acompanhar a tecnologia, nem a produção industrial do mundo, prejudicando nosso PIB”, afirma o especialista.

Cadê o estrangeiro?

Acontece que o Brasil passa a impressão de que há um descontrole na economia e isso causa preocupação entre os investidores, que só deve se acentuar em meio a corrida eleitoral.

“O estrangeiro fugiu um pouco do país, fazendo entrar menos moeda, gerando pressão muito forte sobre o dólar no Brasil”, salienta Nagem.

O ponto chave para a recuperação efetiva, de acordo com o gestor de câmbio, está no empenho dos países em controlar a inflação, aproximando-a do eixo de expectativa definido em suas metas.

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