Dólar abre 1º pregão de setembro em alta; Ibovespa futuro opera em queda
O dólar abre o pregão desta quinta-feira (1) em alta. Por volta das 9h03, a moeda avançava 0,31%, a R$ 5,1994.
A moeda norte-americana fechou a quarta-feira (31) também no verde, com valorização de 1,72%, vendida a R$ 5,2009. A moeda acumulou alta de 0,51% em agosto.
Ainda nesta manhã, o Ibovespa futuro opera em queda. Às 9h05, o índice desvalorizava 0,75%, cotado aos 110,8 mil pontos.
Na véspera, o índice futuro fechou o pregão estável, aos 111.705 pontos.
Mercados hoje
Ibovespa hoje: Mercado testa dinâmica própria após encerrar agosto à prova de choques externos
O Ibovespa encerrou agosto cravando o melhor desempenho no mês em moeda local (+5,81%) e em dólar (+6,16%) entre as principais bolsas globais, esnobando os riscos vindos do exterior. Em contrapartida, os índices acionários em Nova York perderam mais de 4%, cada, apenas no mês passado, acumulando queda de dois dígitos no ano.
Com a chegada do novo mês, a dúvida é se a bolsa brasileira continuará à prova dos choques externos. Aliás, setembro começa com o mesmo ajuste negativo visto nos ativos de risco internacionais desde o discurso (“hawkish”) do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
A percepção é de que as ações agora só caem, pois continuaram subindo muito, apesar da sinalização do Fed de que são necessárias condições financeiras mais apertadas, de modo a ajudar no combate à inflação. Assim, a postura de Powell e outros membros do Fed retorna os mercados globais à tendência que prevaleceu no início do ano.
Qualquer interrupção desta dinâmica ficará dependente dos indicadores econômicos que reforcem uma queda da inflação global. Por ora, porém, o que se vê é um mercado de trabalho ainda robusto nos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que a atividade industrial na zona do euro e na China segue em território contracionista.
De um modo geral, tal cenário mostra que a inflação continua sendo um desafio, o que sustenta a retórica do Fed de juros mais altos e por mais tempo. Contudo, não se pode descartar os riscos de uma recessão – europeia, chinesa ou, quiçá, global.
*Com Olivia Bulla
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