Mercados

Dólar acelera alta com exterior e deve subir pelo 5º dia

19 ago 2022, 12:33 - atualizado em 19 ago 2022, 12:33
Stablecoin HUSD
Dólar tem alta firme e pode engatar quinta alta seguida com exterior de olho em Fed e inflação (Imagem: Unsplash/regularguy.eth)

O dólar à vista ganhou um impulso nos últimos minutos e sobe 1% frente ao real. O movimento da moeda norte-americana acompanha o exterior, onde exibe força em relação aos pares.

Há pouco, o dólar renovou máximas a R$ 5,21. O contrato futuro com vencimento em setembro já buscava os R$ 5,23, em alta de 0,7%. Lá fora, o Dollar Index também acelerou os ganhos acima dos 108,100 pontos, alta de 0,6%.

Em linha com a aversão ao risco no exterior e em pregão de liquidez reduzida, a divisa estrangeira pode fechar com sinal positivo pelo quinta dia seguido.

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Fed ainda no radar

O cenário externo segue como o principal norte dos negócios. Em um misto de receio com uma recessão nos Estados Unidos e inflação mais alta. Isso tem feito o real ser negociado de forma mais cautelosa, diz o analista da corretora Renascença, Luis Felipe Laudísio.

Ele ressalta que a aversão ao risco segue com a visão do mercado de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) realizará um aperto mais intenso após declarações de integrantes do colegiado.

Eleições

Mesmo que o exterior esteja prevalecendo no movimento dos ativos, as eleições vão ganhando cada vez mais importância no mercado local.

O operador da Commcor Corretora, Cleber Alessie, comenta que a corrida eleitoral ainda reserva novidades. 

Ele diz que o atual cenário pode sofrer alterações. Isso deve fazer com que investidores acompanhem de perto a disputa entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Bolsonaro x Lula

Ontem, a pesquisa Datafolha mostrou que Lula manteve estável sua liderança nos três maiores colégios eleitorais do país sobre Bolsonaro.

Em relatório, o BTG Pactual comentou que as posturas de Lula e Bolsonaro daqui até o dia das eleições serão muito importantes, talvez até decisivos para o preço dos ativos.

Eles acreditam que Bolsonaro vai tensionar o clima da eleição no dia 7 de setembro. Em contrapartida, Lula deve fazer acenos mais incisivos aos partidos do Centrão.

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