Dólar (USDBLR) abre em queda, apesar da aversão ao risco das bolsas globais; veja o que movimenta o dia
O dólar (USDBLR) abriu está quinta-feira (19) em baixa, apesar do movimento de aversão ao risco das bolsas globais, com investidores demonstrando maior preocupação com a inflação.
Por volta das 9h05, a divisa caía 0,43%, a R$ 4,9511, depois de na véspera ter fechado em alta de 0,78%, a R$ 4,9813.
Ontem, o temor do mercado foi alimentado por rumores em relação a lockdowns para conter contágios da covid-19 em regiões na cidade de Tainjin, na China.
Os investidores viram uma possível postergação de normalização das cadeias produtivas, o que geraria uma inflação persistentemente mais elevada ao redor do mundo.
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta, em um reflexo das perdas das bolsas americanas no dia anterior. O índice Hang Seng (Hong Kong) caiu 2,54% e o japonês Nikkei recuou 1,89%.
O mercado agora digere a divulgação da ata do Banco Central Europeu há pouco, que mostrou que dirigentes expressaram preocupação com os números de inflação alta. O vice-presidente da instituição, Luis de Guindos, fala às 9h30 (horário de Brasília).
Na agenda do dia, os Estados Unidos divulgam as vendas de casas usadas em abril e pedidos semanais de seguro-desemprego. O presidente do Fed Minneapolis, Neel Kashkari, fala a partir das 17h.
Agenda local
O BB Investimentos destaca que, em dia de agenda local esvaziada de indicadores, o mercado monitora os discursos do Ministério da Economia na divulgação de suas projeções macroeconômicas, especialmente para o PIB e inflação.
A Secretaria de Política Econômica da Pasta divulga às 14h30 a nova grade de parâmetros econômicos, com projeções atualizadas para o PIB e a inflação.
Em seguida, o ministro da Economia, Paulo Guedes e o secretário de Política Econômica, Pedro Calhman, falam sobre o documento.
Ontem, a Câmara aprovou a urgência para tramitação de um projeto de lei complementar (PLP) que fixa um teto de 17% para o ICMS incidente sobre energia e combustíveis.
A urgência aprovada significa que o projeto pode ir direto ao plenário da Câmara sem passar pelas comissões. Conforme destaque o analista da Empiricus Matheus Spiess, o avanço do texto contribui para a percepção de deterioração fiscal, pressionando os vértices mais longos da curva de juros – e, assim, deteriorando a avaliação do mercado sobre as empresas.
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