Dólar opera em baixa com o impulso das commodities
O dólar operava em baixa nesta quarta-feira (13), após saltar 3,23% em dois dias em meio à incerteza sobre inflação e recessão.
De um modo geral, os ativos de risco ensaiam uma recuperação, o que impulsiona as commodities e reduz o fôlego da moeda norte-americana, que era cotada a R$ 5,4263 (- 0,24%), por volta das 9h05.
Os índices futuros das bolsas de NY operam com ganhos moderados, depois de uma forte queda ontem, motivada pelo rumor de que o núcleo do indicador nos EUA viria muito acima das expectativas – o que foi negado.
Ainda assim, a paridade do euro e a correção do petróleo para abaixo de US$ 100 o barril seguem no radar. Vale lembrar que a queda nos preços das commodities eleva a pressão sobre o real brasileiro e também nas ações listadas no Ibovespa. Além disso, as incertezas fiscais e a tensão eleitoral continuam pressionando os negócios locais.
Ontem, a PEC das Bondades/Kamizake foi aprovada em primeiro turno, mas a Câmara deve retomar hoje a votação. Na agenda doméstica, os dados de vendas no varejo merecem atenção, com impactos nas ações de consumo.
Já os papéis relacionados às commodities repercutem os dados da balança comercial da China, que mostraram que as exportações em junho cresceram no ritmo mais rápido em cinco meses, após o longo lockdown em Xangai ter paralisado as atividades – portuárias, principalmente – por quase dois meses.
Com as ações de commodities e de consumo sob pressão, as small caps se tornam alternativa, mas as empresas menores sentem de forma mais desproporcional o impacto da inflação, por trabalharem com margens menores.
Todas as atenções estão voltadas para a divulgação da inflação de junho ao consumidor nos Estados Unidos (CPI), às 9h30.
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