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Dólar ensaia queda, mas se mantém firme acima de R$ 5,70

22 dez 2021, 9:18 - atualizado em 22 dez 2021, 13:13
Dólar
Às 13:03 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,37%, a 5,7180 reais na venda (Imagem: Pixabay/Engin_Akyurt)

O dólar esboçava queda nesta quarta-feira, num dia que promete ser de menor liquidez à medida que o Natal se aproxima, com investidores analisando a aprovação do Orçamento de 2022 e o clima mais positivo nos mercados de câmbio no exterior.

Às 13:03 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,37%, a 5,7180 reais na venda.

Na B3 (B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,51%, a 5,7260 reais.

De forma geral, investidores seguiam atentos ao noticiário global sobre potenciais efeitos da variante Ômicron do coronavírus sobre as perspectivas para a economia mundial –o que causou recentemente uma liquidação em ativos de risco e ajudou a empurrar o dólar a um novo patamar acima de 5,70 reais, no qual se mantinha.

No campo doméstico e na seara fiscal –um dos principais guias da taxa de câmbio neste ano–, os agentes financeiros se debruçavam sobre o Orçamento de 2022, aprovado na véspera pelo Congresso.

O parecer aprovado prevê que, após a aprovação das emendas constitucionais que alteraram a forma de pagamento dos precatórios, será criada uma margem fiscal para o próximo ano de 113,1 bilhões de reais, valor superior à estimativa do governo federal de 106 bilhões de reais.

“Após o alargamento do teto de gastos e o não pagamento de precatórios, o Orçamento de 2022 parece crível, mas não será executado sem desafios”, disse a XP em nota.

Em meio à menor liquidez típica de fim de ano, o Banco Central proveu dólares ao mercado. A autoridade monetária vendeu o lote integral ofertado de 700 milhões de dólares em swaps cambiais “novos” e, posteriormente, adiou o vencimento de 731 milhões de dólares nesses derivativos.

No exterior, o índice do dólar frente a uma cesta de moedas de países desenvolvidos recuava 0,37%, enquanto moedas emergentes subiam 0,59%.

Investidores seguiam em busca de evidências que justifiquem uma postura mais dura do banco central norte-americano –o que poderia pressionar moedas de países emergentes, como o real–, mas por ora descontavam temores sobre o potencial de impacto da Ômicron sobre a economia global.