Dólar opera em alta nesta quinta-feira (14); veja o que movimenta os mercados
O dólar operava em alta na abertura do pregão desta quinta-feira (14) em meio ao temor pelo aperto monetário e recessão nos Estados Unidos. Por volta das 9h05, a moeda norte-americana avançava 1,3%, a R$ 5,4620.
A divisa é a grande vencedora, em meio às apostas de que o Fed irá se opor à ideia de uma surpresa suave (“dovish”) na reunião de política monetária que acontece daqui a duas semanas.
É crescente a possibilidade de o euro perder a paridade frente ao dólar, diante da percepção de que é o Banco Central Europeu (BCE) que está “atrás da curva”, uma vez que ainda nem começou a subir a taxa de juros.
O processo de aperto monetário é um fenômeno global e diversos bancos centrais estão adotando uma postura mais agressiva (“hawkish”), até com altas de juros mais rápidas do que o esperado, antecipando os aumentos de modo a enfrentar as pressões inflacionárias.
Mercados hoje
A narrativa de uma alta histórica de 1 ponto percentual na taxa de juros dos Estados Unidos pelo Federal Reserve no fim deste mês dita o rumo do mercado financeiro global nesta quinta-feira, após a leitura “salgada” da inflação anual ao consumidor americano (CPI) em junho.
A agenda do dia traz o índice de preços ao produtor nos EUA (PPI), mas mesmo a expectativa de ligeira desaceleração na inflação no atacado tende a parecer um pouco otimista no contexto dos mais recentes números do CPI. ]
Com isso, o dia é de queda dos ativos de risco, com os índices futuros das bolsas de Nova York exibindo perdas de pouco mais de 1% nesta manhã, o que tende a renovar a pressão negativa do Ibovespa, que ontem encerrou no menor patamar desde o início de novembro de 2020.
Ao mesmo tempo, a temporada de balanços nos EUA ganha força. Destaque para a queda de mais de 4% nas ações do JPMorgan no pré-mercado, após divulgação de lucro pior que o esperado. Amanhã, saem os resultados de Wells Fargo e Citigroup.
Os investidores também vão consolidando as expectativas de recessão nos EUA, com a inversão no rendimento dos bônus (Treasuries) de 2 e de 10 anos se aprofundando.
O movimento se assemelha a esperar que uma recessão aconteça antes de ocorrer.
O petróleo também exibe perdas aceleradas, de mais de 2%, com o barril dos tipos WTI e Brent cotados abaixo de US$ 100.
Apesar de ter começado o processo de alta da Selic há mais de um ano, o Brasil é refém desta espiral negativa internacional, ainda que os preços dos ativos estejam com prêmios atrativos.
Como pano de fundo, permanecem as incertezas fiscais e a tensão eleitoral. A PEC das Bondades/Kamikaze foi aprovada ontem e o texto segue agora para sanção presidencial, dando início à judicialização do processo.
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