Mercados

Dólar abandona queda, fecha em alta ante real com exterior e vai a R$ 5,66

02 out 2020, 17:08 - atualizado em 02 out 2020, 18:20
Dólar
O dólar à vista subiu 0,24%, a 5,6669 reais na venda, após cair 0,80% na mínima da sessão (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

O dólar fechou em leve alta ante o real nesta sexta-feira, revertendo queda de mais cedo, num pregão de força da moeda norte-americana no mundo depois de o teste positivo do presidente Donald Trump para o coronavírus levantar mais incertezas sobre o rumo da campanha eleitoral na maior economia global.

Ruídos em torno de temas fiscais no Brasil persistiram, o que contaminou também a bolsa e os juros futuros.

O dólar à vista subiu 0,24%, a 5,6669 reais na venda, após cair 0,80% na mínima da sessão.

Na semana, a cotação ganhou 2,04%. Em 2020, dispara 41,22%.

Na B3, o dólar futuro saltava 0,77%, 5,6920 reais, por volta de 17h45, renovando máximas do dia. O mercado futuro de câmbio encerra às 18h (de Brasília).

O mercado teme que a pressão por mais despesas vinda de dentro do governo leve a um rompimento do teto de gastos em 2021, minando ferramenta que é considerada uma das mais importantes em termos de sinalização de compromisso com as contas públicas.

o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, participam de coletiva de imprensa no Palácio do Planalto
O mercado teme que a pressão por mais despesas vinda de dentro do governo leve a um rompimento do teto de gastos em 2021 (Imagem: Agência Brasil/ Marcello Casal Jr.)

Nos bastidores, o entendimento é que Marinho tem exercido pressão por mais gastos e que estaria contando com aval do presidente Jair Bolsonaro, cuja relação com Guedes estaria mais estremecida.

O real, mais uma vez, teve um dos piores desempenhos globais nesta sessão. O Morgan Stanley comentou em relatório que a causa dessa “underperformance” é de ordem fiscal.

“Um fechamento acima de 5,68 reais confirmaria o ‘momentum’ negativo (para o real) e abriria a porta para um empurrão em direção à maçaneta de 6,00 reais”, disseram estrategistas do banco, citando que o real quebrou um suporte técnico contra um de seus principais rivais, o peso mexicano, ficando aquém de 3,90 pesos por real.

O real caía 1,6%, a 3,8046 pesos mexicanos no fim da tarde, menor patamar em 16 anos.

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reuters@moneytimes.com.br
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