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Dólar à vista sobe a R$ 5,65 com decisão sobre juros nos EUA e no Japão; moeda avança mais de 1% ante o real em julho

31 jul 2024, 17:06 - atualizado em 31 jul 2024, 17:36
Dólar, Mercados, Economia, Federal Reserve, CPI, EUA
No exterior, o dólar perdeu força após a inflação dos Estados Unidos e registrou mínima a R$ 5,6170.  (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

Nesta segunda-feira (29), o dólar à vista (USDBRL) fechou a R$ 5,6553, com alta de 0,68%. 



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O desempenho da moeda norte-americana não acompanhou o exterior. O dólar perdeu força ante divisas globais, em meio à valorização do iene após a elevação dos juros no Japão e a sinalização de que o Federal Reserve poderá reduzir a taxa básica dos juros dos Estados Unidos, o Fed Funds, na próxima reunião em setembro.

Em julho, a divisa norte-americana acumulou alta de 1,20% ante o real.

O que mexeu com o dólar hoje?

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) manteve os juros inalterados, na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano — e as expectativas do mercado foram (quase) confirmadas sobre o afrouxamento monetário.

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizou que um corte na taxa de juros pode ocorrer já na próxima reunião do BC norte-americano, em setembro. Mas isso só deve acontecer se a inflação cair de acordo com expectativas, o crescimento continuar razoavelmente forte e o mercado de trabalho permanecer como está.

Powell disse que os dados mais recentes sobre a inflação aumentaram a confiança dos dirigentes de política monetária de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção à sua meta de 2%, uma condição que o Fed estabeleceu para cortar os juros.

Além disso, o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), outro BC observado de perto pelos mercados, decidiu aumentar sua taxa básica de juros do intervalo de 0%-0,1% para 0,15% a 0,25%, na contramão da projeção de muitas analistas do mercado, que esperavam manutenção do patamar anterior.

A especulação sobre um aperto monetário no país valorizou o iene na semana passada, com o fechamento de apostas dos investidores contra a moeda japonesa. Esse movimento gerou pressão sobre divisas de mercados emergentes.

Para esta quinta-feira (1º) é esperada a reação à decisão sobre a Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulga como deve ficar a taxa básica de juros brasileira a partir das 18h30.

A expectativa de economistas é de que a Selic seja mantida no patamar de 10,50% ao ano pela segunda vez consecutiva e as atenções estarão concentradas no que as autoridades expressarão no comunicado da decisão.

*Com informações de Reuters 

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