Dólar cai mais de 1% após notícia de que governo Trump pode moderar tarifas
O dólar fechou a segunda-feira (6) com queda superior a 1% ante o real, em sintonia com o cenário positivo para as moedas de países emergentes no exterior após notícia de que o governo de Donald Trump pode adotar tarifas de importação não tão elevadas nos Estados Unidos.
Apesar do recuo no Brasil, a moeda norte-americana se manteve acima dos R$ 6,10, em uma sessão marcada por liquidez ainda reduzida neste início de ano.
O dólar à vista fechou em baixa de 1,11%, aos R$ 6,1143. Às 17h03, na B3 o dólar para fevereiro — atualmente o mais líquido — cedia 1,18%, aos R$ 6,1415.
Os mercados globais foram impactados por reportagem, publicada no Washington Post, informando que assessores do presidente eleito dos EUA estão explorando planos tarifários que seriam aplicados a todos os países, mas que abrangeriam apenas importações críticas.
As discussões atuais estariam centradas na imposição de tarifas apenas em determinados setores considerados críticos para a segurança nacional ou econômica, disse a reportagem, citando três fontes familiarizadas com o assunto.
Em reação, o dólar cedeu ante a maior parte das demais divisas, incluindo o real, com investidores eliminando parte dos prêmios de risco incorporados às cotações no fim de 2024 em função da vitória eleitoral de Trump. Por trás do movimento estava a percepção de que um tarifário não tão rígido nos EUA seria positivo para moedas de países exportadores de commodities.
Às 10h33, na esteira da reportagem do Post, o dólar à vista marcou a cotação mínima de R$ 6,0923 (-1,43%).
Ainda pela manhã Trump refutou a reportagem do Post, chamando-a de “mais um exemplo de ‘fake news’”, o que fez o dólar recuperar um pouco de fôlego.
*Com Reuters