Dólar à vista fecha em leve alta a R$ 5,65, em mais uma sessão marcada pela valorização do iene; moeda norte-americana avança quase 1% na semana
Nesta sexta-feira (25), o dólar à vista (USDBRL) fechou a R$ 5,6570, com alta de 0,18%.
Mais uma vez, a moeda norte-americana ganhou força ante o real, em meio à valorização do iene — que penaliza as moedas emergentes. No exterior, o dólar perdeu força após dados de inflação reforçaram a expectativa de corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro.
Na semana, o dólar acumulou alta de 0,96% contra o real.
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O que mexeu com o dólar hoje?
No exterior, o dólar perdeu força após a inflação dos Estados Unidos vir em linha com o esperado. O índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) subiu 0,1% em junho na base mensal, ante estabilidade em maio.
Em 12 meses, o índice desacelerou para 2,5%, de 2,6% no mês anterior.
O dado reforçou as expectativas de corte dos juros em setembro pelo Federal Reserve. A probabilidade de corte nos juros continua em 100%, segundo a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group.
Vale ressaltar que ontem, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 2,8% no segundo trimestre contra estimativa de 2%.
Além disso, as moedas emergentes também se beneficiaram hoje com a recuperação nas commodities, principalmente o minério de ferro, após novos estímulos econômicos da China.
A piora na perspectiva econômica chinesa vinha derrubando os preços de matérias-primas desde a última segunda-feira (22), afetando o apetite por risco em países exportadores de commodities.
Durante a semana, o dólar ganhou força ante o real, na esteira da valorização do iene — em meio a suspeitas de intervenção do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) no câmbio, além da expectativa de aumento nos juros pela autoridade monetária na próxima semana.
Isso porque um iene valorizado e a eventual diminuição no diferencial de juros entre Japão e Estados Unidos levam investidores a reverterem as operações de “carry trade”, em que os investidores assumem posições vendidas em relação ao iene e rentabilizam seus recursos em países com taxas de juros mais altas.