Depois de uma breve pausa, dólar volta a cair e fecha a R$ 5,76
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Após uma breve pausa na sequência de quedas, o dólar à vista (USDBRL) voltou a perder força ante o real, em meio a valorização das commodities metálicas e alívio nas tensões geopolíticas.
Nesta quinta-feira (6), a moeda norte-americana encerrou a R$ 5,7639 (-0,52%). Durante a sessão, a divisa bateu mínima a R$ 5,7488.
O movimento destoou da tendência vista no exterior. Às 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais como euro e libra, tinha leve alta de 0,08%, aos 107.657 pontos.
O que mexeu com o dólar hoje?
No cenário doméstico, o real ganhou força com o desempenho positivo do minério de ferro — que elevou as ações da Vale (VALE3), atraindo o fluxo estrangeiro para o país.
O mercado local também reagiu a novas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O chefe do Executivo disse que a economia brasileira “vive o seu melhor momento” e afirmou não ter dúvidas de que o Produto Interno Bruto (PIB) seguirá crescendo.
Ele ainda afirmou que a cotação do dólar ante o real está voltando à normalidade e que a inflação está “totalmente controlada”, em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, localizadas na Bahia.
No exterior, o dólar sustentou uma alta firma durante todo o pregão, com uma guerra comercial entre a China e os Estados Unidos, mas também entre União Europeia e o país norte-americano no radar.
O indicado do presidente Donald Trump para exercer o cargo de representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, disse que está analisando o potencial da implementação de tarifas de importação universais como uma forma de reverter o déficit comercial do país.
“Tarifas universais são algo que deve ser estudado e considerado para ver se é possível reverter a direção do déficit comercial”, disse Greer em sua audiência no Senado norte-americano.
Na seara econômica, o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego teve uma leve alta na semana passada.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram em 11.000, para 219.000 com ajuste sazonal, na semana encerrada em 1º de fevereiro, informou o Departamento do Trabalho do país. Os economistas consultados pela Reuters previam 213.000 pedidos no período.
Os investidores operaram em compasso de espera por novos dados. Entre eles, o relatório de empregos, o payroll, de janeiro, que será divulgado amanhã (7). Os economistas consultados pela Dow Jones esperam um crescimento de 169.000 empregos no mês, o que é uma desaceleração em relação a dezembro — em que foram criados 256 mil postos de trabalho.