Dólar

Dólar ganha força e fecha a R$ 5,76 com Caged e tarifas de Trump no radar

28 mar 2025, 17:03 - atualizado em 28 mar 2025, 17:18
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O dólar à vista fechou a semana com alta de quase 1% com tarifas de Trump no centro das atenções e dados de emprego mais fortes (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O dólar à vista (USDBRL) encerrou a semana em alta após dados de emprego fortes e com a escalada do temor dos investidores com a política tarifária nos Estados Unidos.

Nesta sexta-feira (28), a divisa norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,7618, com alta de 0,15%. 



O movimento destoou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais como euro e libra, caía 0,33%, aos 104.010 pontos.

Na semana, o dólar avançou 0,77%.

O que mexeu com o dólar hoje?

No cenário doméstico, os investidores acompanharam novos dados do mercado de trabalho.

A taxa de desemprego no país ficou em 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado mostrou alta em relação à taxa de 6,1%, registrada no trimestre imediatamente anterior

Na avaliação do Itaú BBA, os dados divulgados indicam, mais uma vez, um mercado de trabalho resiliente.

O Brasil também abriu 431.995 vagas formais de trabalho em fevereiro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O número foi o maior resultado mensal da série histórica e acima do esperado pelo mercado. Os economistas consultados pela Reuters esperavam uma criação de 250 mil vagas.

No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o Caged registrou a criação de 576.081 postos, o maior resultado para o período desde 2021, quando houve criação de 652.215 vagas. Já no acumulado em 12 meses, o saldo foi positivo em 1.782.761 postos.

Exterior

No exterior, as tarifas de importação dos Estados Unidos continuaram a elevar o temor pela escalada da guerra comercial e a proximidade do 2 de abril — chamado pelo presidente Donald Trump de “Dia da Libertação”. Na data, as tarifas recíprocas para importações no território norte-americano entram em vigor.

Hoje, Trump conversou com primeiro-ministro canadense, Mark Carney — que conquistou a liderança dos liberais canadenses em 9 de março.

“Foi uma ligação extremamente produtiva, concordamos em muitas coisas e nos reuniremos imediatamente após a próxima eleição do Canadá para trabalhar em elementos de política, negócios e todos os outros fatores”, escreveu Trump no Truth Social. Esse trabalho “acabará sendo ótimo tanto para os Estados Unidos quanto para o Canadá”, acrescentou.

O presidente norte-americano confirmou que as tarifas sobre o Canadá serão mantidas.

Além disso, os dados econômicos elevaram o “clima” de aversão ao risco.

O índice de confiança do consumidor medido pela Universidade de Michigan caiu de 64,7 em fevereiro para 57,0 em março, abaixo da leitura preliminar de 57,9 e das projeções da FacSet dos mesmos 57,9. Esse foi o terceiro mês consecutivo de queda do índice.

Além disso, o  Índice de Preços para Despesas com Consumo Pessoal  (PCE), dado preferido do Federal Reserve para inflação, subiu 0,3% em fevereiro, em linha com as expectativas. O PCE foi a 2,5% em 12 meses — ainda acima da meta de 2% perseguida pelo Fed.

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o núcleo da inflação subiu 0,4% no segundo mês de 2025. No acumulado de um ano, foi a 2,8%.

*Com informações de Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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