Dólar

Dólar cai a R$ 5,85 com alívio nas tarifas de Trump

14 abr 2025, 17:05 - atualizado em 14 abr 2025, 17:25
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O dólar à vista acompanhou a desvalorização do exterior com o alívio nas tarifas de Trump e incertezas sobre a economia dos EUA (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

O dólar iniciou a semana em queda em reação ao real em meio à incertezas sobre uma guerra comercial, flexibilização do ‘tarifaço’ de Trump e leve valorização das commodities.

Nesta segunda-feira (14), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,8512, com queda de de 0,33%. 



O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais como euro e libra, caía 0,38%, aos 99,723 pontos — estendendo as perdas pela quinta sessão consecutiva.

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O que mexeu com o dólar hoje?

A desvalorização do dólar foi puxada pelo alívio tarifário sobre os produtos eletrônicos anunciado no fim da semana passada.

Na noite da última sexta-feira (11), a Alfândega e Proteção das Fronteiras dos EUA anunciou a isenção de smartphones, computadores e outros eletrônicos das tarifas recíprocas, com efeito retroativo a partir de 5 de abril.

Com a decisão, os produtos ficaram de fora das tarifas de 145% impostas à China, que é o principal polo de produção de eletrônicos como o iPhone, e da taxa adicional de 10% aplicada à maioria dos países. 

O recuo, porém, deve ser temporário. Ontem (13), o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou que a ‘pausa’ tarifária pode ser temporária. Segundo ele, os produtos sujeitos a taxas separadas, junto com semicondutores — que serão anunciadas em até dois meses.

Como consequência do alívio tarifário, as moedas de países emergentes ainda eram beneficiadas por preços de commodities mais altos, em reflexo das isenções e de dados positivos sobre a economia chinesa.

O minério de ferro, por exemplo, fechou com avanço 0,28%, a 706 yuans (US$ 96,80) a tonelada na Bolsa de Dalian, na China. Já o contrato mais líquido do petróleo Brent, referência para o mercado mundial, com vencimento em junho, subiu 0,19%, a US$ 64,88 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

Os impactos da guerra tarifária sobre a China têm sido um fator de preocupação em mercados emergentes devido a sua dependência da demanda chinesa sobre suas commodities.

“As exportações das economias sul-americanas para os EUA são relativamente pequenas, limitando o impacto direto das tarifas. A maioria, no entanto, está exposta à demanda chinesa e aos preços das commodities”, disseram analistas do Goldman Sachs em relatório.

A moeda norte-americana também foi enfraquecida pela movimentação dos investidores, que estão se desfazendo de ativos nos EUA, à medida que aumentam as preocupações sobre uma recessão na maior economia do mundo, além da perda de confiança na na previsibilidade das políticas do país com o ‘vaivém’ do presidente Donald Trump.

*Com informações de Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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