Dois para um: BTG Pactual vê saída de São Martinho (SMTO3) e Petz (PETZ3) do Ibovespa para dar lugar a ação de construtora

Para o BTG Pactual, o Ibovespa (IBOV) pode ter uma ação a menos do que a composição atual. Cury (CURY3) deve ingressar na próxima carteira do principal índice da bolsa brasileira, que entra em vigor em setembro. Por outro lado, Petz (PETZ3) e São Martinho (SMTO3) são as exclusões mais prováveis.
A carteira do Ibovespa é rebalanceada a cada quatro meses, com base em alguns critérios.
Entre eles, índice de negociabilidade (IN), o volume de negociação e o status da empresa — companhias em recuperação judicial ou cujo preço dos ativos é inferior a R$ 1,00 (penny stock) não são elegíveis, por exemplo. Já o desempenho das ações não é considerado um critério de entrada ou saída no índice.
Hoje, a carteira conta com 86 papéis de 83 empresas brasileiras.
Antes da carteira definitiva entrar em vigor, a B3 divulga três prévias. A primeira delas está programada para 1º de agosto. As demais devem ser divulgadas nos dias 18 e 29 de agosto. A nova composição começa a operar em 1º de setembro e permanece até o fim de 2025.
GPA (PCAR3) na linha do rebaixamento
No modelo do BTG Pactual, GPA (PCAR3) aparece na “zona de risco” de rebaixamento e à beira da exclusão no Ibovespa. “Porém, dado quão estreita é a margem, ainda é cedo para afirmar. Uma melhora de desempenho já seria suficiente para manter o papel no índice – um cenário plausível”, afirmaram os analistas em relatório.
O banco também destaca a retomada da tendência de “desconcentração” do índice. Hoje, as dez ações com maior participação no Ibovespa — bancos e commodities — respondem por 50% do peso total.
Os analistas observaram que, em maio, os pesos-pesados do Ibovespa correspondiam a 49% — “quebrando” a tendência iniciada em janeiro de 2023 de retomada de alta concentração.
“Entre janeiro de 2019 e setembro de 2021 houve uma desconcentração saudável, com a fatia dos 10 maiores caindo de 61% para 47%. Em janeiro de 2023, a concentração subiu novamente para 53% e permaneceu nesse patamar por cinco rebalanceamentos. Mais recentemente, porém, voltou a uma tendência de queda, alcançando 49% em maio de 2025.”
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