Documentos da Boeing mostram preocupações ‘muito perturbadoras’ sobre 737 MAX
Os documentos da Boeing (BA) em análise por um comitê do governo dos Estados Unidos parecem apontar para um quadro “muito perturbador” de comentários dos empregados da empresa sobre a aeronave suspensa 737 MAX, disse nesta terça-feira um assessor do comitê de infraestruturas de transporte da Câmara dos Representantes dos EUA.
Os documentos, apresentados ao comitê na noite de segunda-feira, discutiram preocupações sobre o compromisso da Boeing com a segurança, juntamente com os esforços de alguns funcionários para garantir que os planos de produção da empresa não fossem desviados por reguladores ou outros, disse o assessor, que falou sob condição de anonimato.
Os documentos foram apresentados à Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) no mesmo dia em que a Boeing anunciou a demissão de seu presidente-executivo Dennis Muilenburg em meio a uma crise após o tratamento das consequências de dois acidentes envolvendo o 737 MAX.
O 737 MAX está suspenso desde Março. Os acidentes na Indonésia e na Etiópia mataram 346 pessoas.
Este último lote de documentos submetidos à FAA continha mensagens do ex-piloto sênior da Boeing, Mark Forkner, de acordo com uma pessoa informada sobre o assunto.
Em outubro, a Boeing entregou mensagens de 2016 à FAA entre Forkner e outro piloto que disse que poderia ter enganado involuntariamente o regulador dos EUA e levantou questões sobre o desempenho de um sistema de segurança chave durante os testes.
A Boeing está lutando para restabelecer as relações com os reguladores norte-americanos e internacionais, mas precisa convencê-los a retomar os voos do jato.
A Boeing afirmou em comunicado que “trouxe essas comunicações proativamente para a FAA e o Congresso como parte de nosso compromisso com a transparência com nossos reguladores e comitês de supervisão”.
O tom e o conteúdo “não refletem a empresa que somos e precisamos ser”, afirmou a Boeing.
“Fizemos mudanças significativas como empresa nos últimos nove meses para aprimorar nossos processos, organizações e cultura de segurança.”
Em outubro, a Boeing entregou mensagens de 2016 à FAA entre Forkner e outro piloto que disse que poderia ter enganado involuntariamente o regulador dos EUA e levantou questões sobre o desempenho de um sistema de segurança chave durante os testes.
A Boeing está lutando para restabelecer as relações com os reguladores norte-americanos e internacionais, mas precisa convencê-los a retomar os voos do jato.