Do mesmo grupo da 123milhas, a Maxmilhas também vai à Justiça
A Maxmilhas protocolou no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) um pedido para ser incluída no processo de recuperação judicial da 123milhas. As duas agências online de viagens integram o mesmo grupo empresarial.
Em nota, a Maxmilhas informou que a medida pretende “assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com parceiros, fornecedores e clientes, e organizar, com máxima transparência, os débitos em um só juízo”.
A Maxmilhas ainda disse acreditar que conseguirá acelerar a quitação de todos os valores devidos e “restabelecer o mais rapidamente possível seu equilíbrio financeiro e operacional”.
Segundo a agência de viagens, o pedido feito ao TJMG se deve especialmente aos efeitos no setor ocasionados pela situação da 123milhas que, em agosto, anunciou a suspensão de todos os seus pacotes com datas flexíveis e a emissão de passagens promocionais.
“Ainda que a Maxmilhas tenha uma operação independente, o mercado de agências de turismo online tem sido bastante impactado, o que vem dificultando significativamente a capacidade financeira da Maxmilhas”, diz a nota.
Não haverá suspensão de produtos e o cancelamento de passagens ou reservas de hospedagens não está ocorrendo, segundo a agência, que disse ainda não haver qualquer pendência trabalhista entre os débitos contemplados no seu pedido de recuperação judicial.
Impasse
Na quarta-feira, um dia antes de a Maxmilhas entrar com o seu pedido, a Justiça de Minas Gerais suspendeu o processo de recuperação judicial da 123milhas, atendendo a um recurso do Banco do Brasil, que alegou que a empresa não apresentou todos os documentos exigidos para viabilizar o processamento da recuperação judicial.
Segundo o recurso, a lista de credores ainda não foi apresentada com a petição inicial. O BB pediu também a destituição de administradores judiciais da 123milhas por suposta incapacitação técnica para a realização do trabalho.