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Dividendos: Esta elétrica caminha a passos largos para ser uma ‘vaca leiteira’; veja qual

08 jan 2023, 15:00 - atualizado em 15 jan 2023, 10:15
Eletrobras
O analista ainda diz que a quantidade de ineficiências existentes na empresa fazem com que haja muito espaço para melhora operacional (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A Eletrobras (ELET6), recém capitalizada, caminha a passos largos para se tornar uma grande pagadora de dividendos, destacam analistas. Nesta semana, a companhia aprovou um programa de recompra de 10% das suas ações. Com menos papéis em circulação, mais dinheiro para o acionista.

Mas para o analista Sergio Oba, da Empiricus Research, os sinais positivos vão além.

“Para começar, ele deixa indícios de que a gestão da Eletrobras começou a ver um desconto interessante nas ações neste momento,  especialmente depois da queda de -0% desde o início de novembro”, discorre.

Além disso, ele diz que a gestão da Eletrobras está atenta e disciplinada em termos de alocação de capital, “e que deve evitar se aventurar em investimentos com retorno duvidoso se a compra de suas próprias ações apresentar uma taxa de retorno mais atrativa e com menos risco”.

“Apesar dos sinais positivos e do tamanho relevante, não esperamos recompras agressivas tão cedo. Isso porque além de o programa se encerrar apenas no meio do ano que vem, no curto prazo a Eletrobras deve continuar gastando mais energia e recursos em seu processo de turnaround pós-privatização”, ressalta.

Por fim, o analista argumenta que a operação é mais um sinal positivo para os acionistas pouco tempo após a privatização, com potencial de incrementar os dividendos futuros.

Aposta ousada de dividendos

Além disso, a Empiricus elege Eletrobras como uma aposta mais ousada, pois, apesar da vocação, ela ainda não é uma das grandes pagadoras de dividendos da Bolsa brasileira.

“Agora privatizada, nossa expectativa é de que a ELET passe por um enorme choque de gestão nos próximos dois anos e isso traga um impacto brutal em sua rentabilidade e, por consequência, nos seus dividendos”, afirma.

O analista ainda diz que a quantidade de ineficiências existentes na empresa fazem com que haja muito espaço para melhora operacional.

Para 2023, espera-se um dividend yield em torno de 4,5%, mas a Empiricus vê potencial dessa porcentagem superar os dois dígitos em poucos anos.