Dividendos: Por que Ágora retirou Taesa (TAEE11) e Vivo (VIVT3) da carteira recomendada
A Ágora Investimentos retirou as ações da Taesa (TAEE11) e da Telefônica Brasil (VIVT3) da carteira recomendada de dividendos para abril.
A corretora optou por incluir os papéis da Cemig (CMIG4) e os da TIM (TIMS3). “As trocas foram táticas, entre empresas dos mesmos setores, buscando aumentar o retorno potencial do portfólio”, disse.
Veja a carteira recomendada para abril:
Ticker | Empresa |
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ITSA4 | Itaúsa |
VBBR3 | Vibra Energia |
CMIG4 | Cemig |
CXSE3 | Caixa Seguridade |
TIMS3 | TIM |
O que diz a Ágora sobre os dividendos da carteira
Itaúsa
No comentário sobre a carteira de dividendos, a Ágora diz acreditar que a Itaúsa (ITSA4) pode ser uma boa alternativa ao Itaú (ITUB4), tendo uma grande exposição ao banco.
A corretora avalia que a holding que está se diversificando cada vez mais, “o que pode ser feito com a venda de participações em empresas de serviços financeiros (exemplo: XP Inc.) ou com a exploração de outros segmentos”.
“Como referência, a empresa vem estudando investimentos em distribuição de energia e agronegócio. Assim, mantemos nossa recomendação de compra para a ação, que permanece com um desconto atraente através da metodologia de avaliação da soma das partes”.
Cemig
A Ágora diz discordar da visão do mercado de que Cemig (CMIG4) está “cara”.
“Nossa estimativa real de TIR implícita é cerca de 10% e os gatilhos do curto prazo incluem a reestruturação de seu plano de previdência e eleições para o governo estadual em Minas Gerais, que pode levar novamente a negociações de privatização no futuro”.
O preço-alvo da corretora para 2022 é de R$ 17, diz, com a expectativa de retornos via dividendos – yield projetado em cerca de 6,5% neste ano.
Caixa Seguridade
Após reestruturação societária, a Caixa Seguridade (CXSE3) já garantiu uma melhora considerável em sua rentabilidade, com lucros que devem crescer 60% em 2022, segundo a Ágora.
“Daqui para frente, embora ainda possa haver vantagem de maior penetração de vendas a ser capturada, o crescimento da empresa deve estar muito mais próximo de seu ‘estado'”, disse.
Segundo a corretora, qualquer potencial de alta adicional deve depender substancialmente de originação de crédito mais forte por seu banco-mãe, macro condições favoráveis e a contratação de sua força de vendas a continuar alavancando seu próprio canal de distribuição.
“Vemos a Caixa Seguridade sendo negociada a cerca de 8x P/L 2022, o que não parece caro neste momento, sendo um dos níveis mais baixos desde seu IPO“, afirma.
Para a corretora, o principal desafio daqui para frente deve ser continuar sustentando fortes taxas de crescimento, “especialmente considerando condições macroeconômicas potencialmente desafiadoras em todo 2022 e a sua dependência da capacidade de originação de crédito e canais de distribuição da Caixa”.
“Iniciamos a cobertura da Caixa Seguridade com recomendação neutra, com um preço-alvo para final de 2022 de R$ 9”, disse.
“Apesar da recomendação neutra, a expectativa de rentabilidade via dividendos é elevada, de cerca de 10%, razão pela qual decidimos incluir o papel na carteira recomendada de dividendos”, diz ainda trecho do relatório.
TIM
A Ágora diz que a TIM (TIMS3) oferece uma relação risco-retorno mais atrativa, tendo em vista valuation mais descontado e maior potencial de valorização com a incorporação dos ativos móveis da Oi (OIBR3) nos próximos trimestres.
“No entanto, ainda não estamos incorporando a contribuição das vendas de ativos móveis da Oi em nossos números, mas estimamos que a contribuição do Ebitda pode ser de até R$ 1,5-2,5 bilhões/ano, enquanto as sinergias operacionais podem somar R$ 2,00/ação”.
A TIM anunciou também uma forte orientação para 2022, implicando em aceleração do crescimento do Ebitda, juntamente com maior conversão de fluxo de caixa com necessidades de capex (investimentos) controladas, avalia.
“Em suma, vemos a TIM sendo negociada com um múltiplo EV/Ebitda para 2022 mais atraente, vs. Vivo, e assim mantemos nossa recomendação de compra para TIMS3”, disse no relatório que acompanha a carteira de dividendos.
Vibra Energia
A Ágora diz seguir confiante na estratégia da Vibra Energia (BRDT3) em implementar com sucesso sua estratégia de crescimento e diversificação no longo prazo.
Embora a tese de investimento dependa fortemente da atividade doméstica, e que, portanto, uma desaceleração do PIB poderia ser negativa, a Ágora diz entender que seu foco em eficiência pode ser capaz de preservar a rentabilidade do negócio – daí a inclusão da ação na carteira de dividendos.
“Ao mesmo tempo que oportunidades de M&A devem acelerar o processo de mudança na matriz energética da companhia, como a joint venture – com a Comerc, que é uma das principais empresas de comercialização de energia do Brasil e também tem um portfólio interessante de projetos de geração renovável”, disse.
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