Dividendos: Itaú (ITUB4) e mais 4 ações para buscar lucros em um 2025 turbulento, segundo a Empiricus Research
A Empiricus Research realizou apenas uma mudança em sua carteira recomendada de dividendos para começar o ano de 2025 buscando lucros. Deixam o portfólio as ações da Direcional (DIRR3) para dar lugar ao Itaú (ITUB4).
Além destas, completam a carteira os papéis de Eletrobras (ELET6), Telefônica Brasil (VIVT3), Porto Seguro (PSSA3) e B3 (B3SA3).
A seleção da Empiricus é composta, segundo os analistas, por companhias maduras inseridas em grandes mercados, incumbentes e líderes, de qualidade, sólidos balanços, com claras vantagens competitivas e fortes barreiras de entrada, modelo de negócio resiliente, inseridas em setores de fortes tendências seculares e estabilidade de margens, altos níveis de liquidez de suas ações e boa margem de segurança.
Os analistas da casa apontam que, em dezembro, o destaque positivo da carteira foi B3, que se aproveitou de recomendações de compra de alguns bancos de investimentos durante o mês, pautadas em seu modelo diversicado e em um valuation muito atrativo.
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Por outro lado, apontam a Direcional como destaque negativo, o que, na visão da Empiricus, está totalmente relacionado à piora do ambiente macroeconômico, dado que no aspecto micro a situação melhorou para construtora, com a companhia anunciando a venda de participação da Riva e abrindo um novo programa de recompra.
“Mesmo assim, entendemos que o momento delicado pede por nomes que tenham maior liquidez e que sejam vistos como um porto seguro pelos investidores, e por isso optamos pela inclusão de Itaú (ITUB4) no lugar de Direcional (DIRR3)”, diz a casa.
Na média, o dividend yield (rendimento de dividendo) para a carteira para 2025 é de 7,4%.
No mês de dezembro, o portfólio da Empiricus Research registrou queda de 0,5%, sendo que a B3 foi o destaque positivo, com alta de 11,5% no período. Na ponta negativa, Direcional perdeu 8,1%.
2024, o ano que não foi
Após um rali no final de 2023, otimismo definia o mercado no início de 2024, pautado na inflação controlada, que permitiria cortes de juros tanto nos Estados Unidos como no Brasil e influenciaria positivamente os ativos brasileiros.
No entanto, o cenário doméstico piorou drasticamente, sendo o fiscal o principal vetor para a Bolsa local, avalia a Empiricus. Foi uma resposta à redução da meta de superávit fiscal para os anos de 2025 e 2026, desancoragem das expectativa de inflação — impactando dólar e juros futuos — e a demora no pacote fiscal anunciado pelo governo, que trouxe ajustes menores do que o minimamente necessários.
“O Banco Central precisou dar um cavalo de pau na política monetária, e se no início de 2024 o Relatório Focus esperava uma Selic de 9,25% ao nal de 2025, agora esse número já está em 14% – na verdade, a curva de juros já precifica uma Selic de mais de 16% no ano que vem”, pondera a casa.
Para piorar, o ano de 2025 chega com perspectivas de uma desaceleração no ritmo de cortes de juros nos Estados Unidos, o que também não ajuda o cenário doméstico, avaliam os analistas.
“Diante deste contexto, e mesmo com os resultados corporativos mostrando ótima recuperação em 2024, o Ibovespa recuou 10% no ano. No mesmo período, nossa carteira caiu bem menos, 6%, o que ressalta a preferência do mercado por ações de empresas geradoras de caixa e pagadoras de dividendos nesses momentos de diculdade”.
Dividendos: veja as indicações da Empiricus Research para janeiro
Empresa | Ticker |
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Itaú | ITUB4 |
Eletrobras | ELET6 |
Telefônica Brasil | VIVT3 |
Porto Seguro | PSSA3 |
B3 | B3SA3 |