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Dividendos globais chegam a US$ 568,1 bilhões no segundo trimestre

30 ago 2023, 17:13 - atualizado em 30 ago 2023, 17:13
Petrobras
Petrobras teve o maior corte de dividendos no segundo trimestre. (Imagem: Agência Petrobras)

Os dividendos globais atingiram um recorde de US$ 568,1 bilhões no segundo trimestre deste ano, crescendo 4,9% na base nominal, de acordo com estudo da gestora Janus Henderson.

O crescimento subjacente, quando dividendos especiais únicos e outros fatores menores foram considerados, foi de 6,3%.

88% das companhias aumentaram os dividendos ou os mantiveram estáveis no 2T, disse a gestora. Um quarto do crescimento dos dividendos europeus veio dos bancos, enquanto as outras regiões tiveram um crescimento mais lento que a Europa, segundo a Janus Henderson.

Mercados emergentes tiveram queda de lucros devido aos cortes dos produtores de petróleo latino americanos. Já as companhias japonesas tiveram um crescimento subjacente de 8,4%, lideradas pela Toyota Motor.

O crescimento nos EUA diminuiu em 4,6% pelo sexto trimestre consecutivo, enquanto os fortes dividendos bancários no Reino Unido compensaram os cortes das mineradoras. Suíça, França, Alemanha e Singapura obtiveram lucros recordes.

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Bancos são destaque

Segundo a Janus Henderson, os bancos contribuíram com a metade do crescimento de dividendos no mundo em 2T, um aumento de 19,7% ano a ano até um recorde de US$ 85,3 bilhões.

Os fabricantes de automóveis também obtiveram um grande aumento – até 20,1% ano a ano e respondem por um sétimo do crescimento no 2T.

Os lucros da mineração caíram em um terço e os dividendos do petróleo foram mais baixos devido aos cortes no Brasil e Colômbia.

“Esperamos bom crescimento de dividendos neste ano, até 5,2% em base nominal para US$ 1,64 trilhão, equivalente a um crescimento subjacente de 5,0%.

Petrobras

O maior pagador do mundo em 2022, a Petrobras (PETR4) também teve o maior corte de dividendos no segundo trimestre, de acordo com a Janus Henderson.

Os dividendos de petróleo, de modo geral, também caíram, graças aos cortes bruscos na América Latina.

Coletivamente, os mercados emergentes tiveram uma queda de dividendos de 0,8% de forma subjacente ano a ano no segundo trimestre, ainda segundo a gestora.