Dividendos: Esta small cap pode despachar R$ 1,90 por ação, retorno de 13%, vê Bradesco

A Santos Brasil (STBP3), empresa que opera no Porto de Santos, propôs um presentão para o seu investidor ao reduzir o capital de R$ 1,6 bilhão. Na prática, esse dinheiro vai pingar para o acionista, com uma bolada que pode chegar a R$ 1,90 por ação, retorno de 13%, segundo cálculos do Bradesco BBI.

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Agora, a Santos Brasil convocará Assembleia Geral Extraordinária com antecedência mínima de 30 dias, enquanto a empresa precisa concluir um processo judicial para prosseguir com a redução de capital.

Ainda segundo o Bradesco BBI, a Santos Brasil poderá financiar um dividendo especial com geração de caixa e novas dívidas, e a alavancagem financeira da companhia poderá atingir 1,3x a relação dívida líquida/Ebitda em 2024, ante 0,1x no 1T2.

Porém, a corretora não espera que este pagamento extraordinário altere o pagamento de dividendos recorrentes de 95% do lucro.

A administração disse que a medida visa otimizar sua estrutura de capital sem afetar seu ciclo atual de crescimento e investimento após reportar uma dívida líquida/EBITDA de 0,1x no primeiro trimestre.

Já o BTG lembra que o mercado já estava bem ciente do balanço patrimonial conservador da Santos Brasil, especialmente após o aumento significativo do Ebitda nos últimos anos.

É hora de comprar Santos Brasil (STBP3)? 

A decisão está em linha com as últimas declarações da empresa em relação à alocação de capital e otimização de valor para os acionistas, afirma o Itaú BBA.

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Mesmo com alta de 55% desde janeiro, o analista Daniel Gasparete afirma que a tendência de valorização das ações STBP3 deve continuar. O banco mantém recomenda compra com preço-alvo de R$ 18 — o que representa potencial alta de 26% em relação ao preço do fechamento de ontem (11).

“Em nossa opinião, a Santos Brasil continua sendo a ação com melhor impulso de lucros do setor de transportes e bens de capital, uma tendência que não esperamos que mude no curto prazo”, diz o relatório.

A XP, que também recomenda compra de Santos Brasil, considera os níveis de endividamento da companhia “gerenciáveis”. Os analistas destacam a atual baixa posição de alavancagem da empresa, especialmente dado o perfil cíclico das concessões portuárias.

“Vemos a alavancagem potencialmente maior como administrável, dado o atual cenário positivo de oferta/demanda, permitindo que a companhia se desalavanque (e gere caixa) enquanto suporta a expansão de seus investimentos”, escrevem os analistas Pedro Bruno, Bruno Vidal e Matheus Sant’Anna, que assinam o relatório.

Com Liliane de Lima