Dividendos: em edição de setembro, Vale e Vivo lideram mais uma vez lista de indicações dos analistas
A Vale (VALE3) e a Vivo (VIVT3) seguem intactas em primeiro lugar na lista de preferência dos analistas quando o assunto é distribuição de dividendos. A mineradora e a operadora de telecomunicações foram indicadas, cada uma, em dez de 17 carteiras recomendadas divulgadas por bancos e corretoras para o mês de setembro.
A Vale é atualmente uma das recomendações do BTG Pactual (BPAC11). A transformação da companhia desde a tragédia de Brumadinho (MG) não passou despercebido para os analistas.
“Segurança e uma agenda ESG (Environmental, Social and Corporate Governance, ou Ambiental, Social e Governança Corporativa traduzido para o português) mais ampla tornaram-se metas primordiais de longo prazo, à medida que a Vale busca restaurar sua credibilidade perante a sociedade”, disse o banco.
Além disso, a ação da mineradora está “inegavelmente barata sob qualquer métrica”, considerando que o risco deve diminuir conforme a empresa apresenta retorno de caixa forte recuperação de volumes e redução de custos e mais solidez na agenda ESG.
O papel da Vivo também está descontado. O nome é uma das apostas da Ágora Investimentos, que recebeu bem os resultados do segundo trimestre de 2021 da companhia.
A operadora apresentou recuperação das receitas de telefonia móvel, com aceleração tanto no segmento pós-pago quanto no pré-pago. No segmento FTTH (fibra óptica), houve 300 mil adições líquidas no trimestre.
“Acreditamos que a empresa está se movendo na direção certa, especialmente em relação à implantação de FTTH. Notamos que o ativo VIVT3 está descontado, negociando com um múltiplo que representa um desconto em torno de 20% em relação à sua média de cinco anos. A Telefônica Brasil é uma empresa que paga bons dividendos e estamos mais otimistas com o caso de investimento”, comentou a corretora.
Uma indicação surpreendeu (e outra já era esperada)
Não é novidade que as elétricas figuram entre as principais indicações das carteiras de dividendos das instituições. Não poderia ser diferente dessa vez. Com oito citações, a ação da Taesa (TAEE11) garantiu o segundo lugar do ranking em setembro.
A novidade do top 3 ficou para o papel da Itaúsa (ITSA4), que recebeu seis indicações. O nome está no portfólio do Santander (SANB11), que citou o caso de cisão da participação acionária do Itaú Unibanco (ITUB4), uma das empresas controladas da holding, na XP.
“No dia 20 de agosto, o conselho de administração da Itaúsa divulgou, por meio de fato relevante, a aprovação da assinatura do acordo de separação da participação acionária do Itaú Unibanco na XP. A operação foi então homologada pelo Banco Central do Brasil e, “com isso, a Itaúsa passa a ter direito a uma participação acionária na XPart equivalente à que detém no Itaú Unibanco, ou seja, 37,32% e, consequentemente, uma participação no capital total da XP de 15,12%”, destacou o time de análise do banco.
Com base no valor de mercado da XP Inc. (XP) ao fim de junho, a participação da Itaúsa na XPart seria equivalente a aproximadamente R$ 18,4 bilhões, destacou o Santander.
| Empresas | Indicações | |
|---|---|---|
| 1ª colocação | Vivo | 10 |
| 1ª colocação | Vale | 10 |
| 2ª colocação | Taesa | 8 |
| 3ª colocação | Itaúsa | 6 |
Levantamento
O levantamento do Money Times levou em consideração as informações das carteiras de dividendos divulgadas por 17 instituições. Em setembro, foram indicadas 49 ações, somando 130 recomendações.
Participaram do levantamento Ágora, Ativa Investimentos, BTG, Nu Invest, Eleven, Elite Investimentos, Empiricus, Genial Investimentos, Guide Investimentos, Inversa, Itaú BBA, Mirae Asset, Nova Futura, Planner, Santander, Terra Investimentos e XP Investimentos.
| Empresas | Indicações |
|---|---|
| Vivo | 10 |
| Vale | 10 |
| Taesa | 8 |
| Itaúsa | 6 |
| Vibra Energia (ex-BR Distribuidora) | 5 |
| Transmissão Paulista | 5 |
| BB Seguridade | 5 |
| B3 | 5 |
| Engie Brasil | 4 |
| Cyrela | 4 |
| Copasa | 4 |
| Banco do Brasil | 4 |
| Alupar | 4 |
| Itaú Unibanco | 3 |
| Gerdau | 3 |
| Copel (CPLE6) | 3 |
| Bradespar | 3 |
| Ambev | 3 |
| Sanepar | 2 |
| Qualicorp | 2 |
| Porto Seguro | 2 |
| Petrobras | 2 |
| Odontoprev | 2 |
| JBS | 2 |
| Energias do Brasil | 2 |
| CCR | 2 |
| BrasilAgro | 2 |
| Bradesco | 2 |
| Ultrapar | 1 |
| TIM | 1 |
| Portobello | 1 |
| Newmont | 1 |
| M. Dias Branco | 1 |
| Klabin | 1 |
| Kepler Weber | 1 |
| Iochpe-Maxion | 1 |
| Hypera | 1 |
| Fleury | 1 |
| Ferbasa | 1 |
| Ecorodovias | 1 |
| CSN | 1 |
| CPFL | 1 |
| Copel (CPLE11) | 1 |
| Coca-Cola | 1 |
| Cesp | 1 |
| Camil | 1 |
| BTG Pactual | 1 |
| Banrisul | 1 |
| AES Brasil | 1 |
Disclaimer
O Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.